Mais de 60% dos eslovenos rejeitaram no domingo, em referendo, uma lei que autorizava o casamento entre pessoas do mesmo sexo, aprovada em março no parlamento. Os apoiantes da lei ficaram com 36,88%.
A votação contou apenas com a participação de 35,65% dos eleitores, mas mesmo assim o referendo é válido, uma vez que só necessitava de uma participação de 20%.
No parlamento, a lei alcançara uma larga maioria, com o apoio da esquerda e do partido centrista do primeiro-ministro, Miro Cerar, reconhecendo aos casais do mesmo sexo os mesmos direitos dos casais heterossexuais, incluindo o direito de adoção, o ponto mais contestado pelos opositores.
Os defensores do “não” eram apoiados pela oposição de direita e pela Igreja Católica e lançaram este processo conseguindo reunir as 40 mil assinaturas necessárias para a realização de um referendo de iniciativa popular. A organização do referendo suspendeu a aplicação da lei e não chegou a realizar-se qualquer casamento ao abrigo da mesma.