Um grupo de cientistas da da Universidade de São Paulo (USP), no Brasil, criou um dispositivo que reduz em 30% a necessidade de cirurgia nos casos de peito escavado, uma deformidade genética que se carateriza por uma redução no volume do tórax, causada pela retração do esterno, condição que se deve a um crescimento anormal das cartilagens. Até agora, este problema era apenas corrigido com o recurso a uma cirurgia.
José Ribas Milanez de Campos, médico e um dos mentores da pesquisa, avança que o dispositivo criado é possível “reduzir a necessidade de operação em 30% dos casos e melhorar o resultado da cirurgia para os pacientes mais graves”.
O dispositivo atua na compressão do tórax sem a necessidade de cirurgia, melhorando a postura, a estrutura óssea e muscular, a respiração e também a flexibilidade aos pacientes.
O aparelho criado no departamento de Cirurgia Torácica e de Terapia Ocupacional do Instituto de Ortopedia da USP, e que requer um uso de seis horas por dia e durante o sono, “funciona como um aparelho dentário” que, “em conjunto com exercícios específicos, diminui o risco de complicações pós-cirúrgicas de 17% para 4%”, dependendo da idade do paciente e da gravidade do problema.