A primeira edição do Prémio Vasco Graça Moura-Cidadania Cultural foi atribuído, por unanimidade, ao ensaísta Eduardo Lourenço, de 92 anos, anunciou a Estoril-Sol, que instituiu o galardão, em parceria com a editora Babel.
O prémio tem periodicidade anual e o valor pecuniário de 40 mil euros, tendo sido criado em homenagem à memória do escritor e político Vasco Graça Moura, falecido em abril de 2014. O vencedor foi divulgado no dia em que Vasco Graça Moura celebraria o 74º aniversário.
O júri do galardão foi presidido por Guilherme d’Oliveira Martins, do Centro Nacional de Cultura, e, na ata, a que a agência “Lusa” teve acesso, lê-se que depois de apreciados os nomes das várias candidaturas propostas, Eduardo Lourenço recolheu “a unanimidade”, em função do seu “percurso intelectual”, que “corresponde inteiramente aos objetivos definidos aquando da criação deste prémio”.
“Trata-se de uma personalidade multifacetada que se singulariza pela coerência entre um pensamento independente e aberto e uma permanente atenção à sociedade portuguesa, à sua cultura, numa perspetiva universalista, avultando a reflexão sobre uma Europa aberta ao mundo e nunca fechada numa qualquer fortaleza encerrada no egoísmo e no preconceito”, lê-se no mesmo documento.
“O reconhecimento de uma personalidade largamente consagrada constitui assim, e também, uma homenagem a Vasco Graça Moura, que tanto apreciava a obra e a pessoa de Eduardo Lourenço”, remata o júri.
Para já ainda não foi anunciada a data da cerimónia da entrega do prémio.