Manuel Moura é um nome de peso no panorama musical português. Como tal, e como já vem sendo hábito, por mais um ano o manager foi convidado para integrar o painel de jurados do “Got Talent”.
Apesar do seu ar sério e “aterrorizador”, Moura dos Santos é “um homem com um coração enorme e a figura mais querida que se possa imaginar” afiança Mariza que, nesta edição o irá acompanhar na seleção dos diversos talentos.
Agradado por fazer parte deste formato, “completamente diferente do que tinha feito até agora”, o jurado defende as suas crenças de sempre: “O talento para a atividade artística não se aprende, ou se nasce com ele ou simplesmente existe”. No entanto, quando o mesmo existe, “trabalha-se, potencia-se e explora-se”, como o próprio já fez com artistas nacionais de renome como Rui Veloso.
“Em Portugal faz-se mais do que futebol e música”
Enaltecendo o objetivo do programa de mostrar outras artes performativas, Manuel Moura dos Santos ressalva que os vencedores da última edição foram consagrados “campeões europeus de ginástica acrobática” mostrando que “em Portugal faz-se mais do que futebol e música”.
Reconhecido por “não ter papas na língua”, confessa que são as crianças que mais mexem com o seu íntimo. “Nunca farei parte de um concurso infantil, acho mesmo que legalmente os parâmetros desse tipo de programas deveriam ser mais regulados, pois dizer a uma criança de dez anos que vai ser uma estrela é criminoso”, explica, lembrando que “muitas vezes quem alimenta essa luta são os próprios pais que se projetam nos filhos”. Uma postura errada para Moura dos Santos visto que “na adolescência a voz muda – nem sempre para melhor – e depois tanto pode vir a ser uma estrela como caixa de supermercado”.
Polémicas à parte, o jurado não poderia estar mais contente por “cerca de 8000 pessoas” terem tentado a sua sorte: “O programa anterior levou a que cada vez haja mais gente a querer arriscar, independentemente da idade ou do talento que têm”.
Fotos: Alexandra Martins do Vale