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Ativistas angolanos condenados a penas entre os dois e os oito anos de prisão

Os ativistas angolanos conhecidos como 15+2 foram condenados, esta segunda-feira, a penas entre os dois e os oito anos de prisão efetiva pelos crimes de atos de preparatórios de rebelião e associação de malfeitores (semelhante a associação criminosa).

A pena mais pesada foi atribuída a Domingos da Cruz, autor do livro que os condenados liam na altura em que foram detidos a 20 de junho de 2015, que foi condenado a 8 anos e seis meses. A segunda mais pesada foi para Luaty Beirão, o rapper luso-angolano que fez greve de fome durante 36 dias por protestar contra o prolongamento para lá do prazo legal da sua prisão preventiva, terá de cumprir uma pena de cinco anos e seis meses.

Nuno Dala, Sedrick de Carvalho, Nito Alves, Inocêncio Brito, Laurinda Gouveia, Fernando António Tomás “Nicola”, Mbanza Hamza, Osvaldo Caholo, Arante Kivuvu, Albano Evaristo Bingo, Nelson Dibango, Hitler e José Gomes Hata foram condenados 4 anos e seis meses de prisão.

Já Rosa Conde e Jeremias Benedito foram condenados a 2 anos e 3 meses de prisão.

Os condenados terão ainda pagar uma taxa de justiça no valor 50 mil kwanzas, cerca 280 euros.

Assim, estes ativistas, caso nenhum recurso para o Supremo ou Constitucional tenha entretanto efeito, vão permanecer na prisão para além de 2017, ano de eleições gerais em Angola.

A defesa e o Ministério Público já anunciaram que vão recorrer da decisão.

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