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Metade dos desaparecidos em Portugal são jovens que fogem de casa

No dia em que se assinala o dia internacional da criança desaparecida, a Polícia Judiciária (PJ) avança com dados preocupantes.

A maioria dos casos de desaparecimento em Portugal são de jovens, entre os 12 e os 18 anos, que fogem de casa ou das instituições de acolhimento.

No entanto, na grande maioria dos casos, acabam por ser encontrados.

Há casos em que um jovem chega a fugir da instituição 20 vezes num ano, aumentando a lista do número de crianças desaparecidas da PJ, que assinalou, em 2015, cerca de 1.600 casos, um número que não varia muito de ano para ano.

As situações que continuam por resolver vêm de há muitos anos, como é o caso do Rui Pedro, que desapareceu em 1998 em Lousada, e de Madeleine McCann, que está dada como desaparecida desde 2007.

Ainda assim, estas situações não podem ser consideradas como desaparecimentos porque estão associadas a uma situação de crime.

Os dados da PJ indicam que 5% das situações de desaparecimento referem-se a menores de 12 anos e estão relacionadas com rapto parental.

Para além disso, chegou-se à conclusão que, da instituição, fogem mais rapazes, e de casa, as raparigas, sendo que a sexta-feira é o dia em que ocorrem mais desaparecimentos, assim como nos finais dos períodos letivos.

O principal motivo que leva os jovens a fugir de casa é o “conflito geracional entre pais e filhos”.