O jogador do Besiktas e da Seleção Nacional foi o convidado de Daniel Oliveira este sábado (4), no programa ‘Alta Definição’, da SIC. Ricardo Quaresma falou, entres assuntos, da questão racial e como sente o preconceito por ser de etnia cigana.
“Aos olhos dos outros era sempre culpado (…) Há muita gente que diz que não há racismo, mas infelizmente ainda ligam a isso (…) por ser cigano o alvo era logo eu, era uma criança revoltada por isso (…) um dia desapareceu um casaco da escola e os pais começaram logo a dizer que de certeza tinha sido o cigano (…) mais tarde a verdade veio ao de cima e perceberam que não tinha sido eu”, contou.
Apesar do preconceito, garantiu: “Sempre senti o cigano como uma maneira de me ofenderem, mas enganam-se eu tenho orgulho de ser cigano. Não há povo mais alegre.”
Pai de três filhos – Ariana, Ricardo e Kauana -, o futebolista de 32 anos falou dos filhos com emoção e revelou que, caso fosse necessário, daria “a vida por qualquer um deles”. “Se tivesse de morrer agora por um (deles), morria sem problema nenhum”, garantiu.
Ricardo Quaresma falou também sobre a sua saída do FC Porto rumo ao Besiktas. “Depois da época que fiz, saí do Porto sem saber porquê. Eu nunca pedi para sair. Nunca me explicaram o porquê e isso custou-me um bocado porque é um clube que eu amo e um clube que respeito para sempre”, confessou.
Ricardo Quaresma está com a Seleção Nacional orientada por Fernando Santos no estágio de preparação para o Euro 2016. Esta quinta-feira, Portugal defronta a Inglaterra no Estádio de Wembley, em Londres.
