Antes de Portugal arrancar no Campeonato da Europa, que se disputa em França, o Presidente da República e o primeiro-ministro deslocaram-se ao quartel-general da Seleção, nos arredores de Paris, para apoiarem a equipa que vai representar o nosso país nesse certame.
Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa eram esperados pela hora do jantar, mas tiveram problemas na viagem entre Paris e Marcoussis, cujas estradas encontram-se alagadas, pelo que, quando chegaram, já grande parte dos jogadores assistia, via TV, ao Inglaterra-Rússia (1-1).
Apesar do atraso de quase uma hora, na noite deste sábado, 11 de junho, os governantes tinham dezenas de emigrantes a saudá-los à porta do centro de treinos da Seleção Nacional, em França. Ao passar por eles, Marcelo abriu o vidro do carro onde seguia e acenou-lhes.
Já dentro das instalações, o selecionador Fernando Santos, acompanhado pelos dirigentes da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, João Vieira Pinto e Humberto Coelho, receberam os políticos.
Marcelo e Costa privaram depois com os 23 convocados de Fernando Santos e, no final do convívio, fizeram curtas declarações aos jornalistas presentes.
“Saio com o moral muito elevado, mesmo tendo em atenção a intenção de baixar as expectativas, como gosta o nosso engenheiro Fernando Santos. Mesmo depois de ter ganho 7-0 (n.d.r.: no particular com a Estónia) explicou-me que houve 25 minutos que não foram tão bons quanto isso. Posso mesmo dizer que num extremo está o senhor primeiro-ministro, com o seu híper otimismo, no outro lado está o senhor engenheiro Fernando Santos, que se ganhar por 20-0 fica preocupado porque deveria ter sido 22-0, e no meio estou eu a tentar equilibrar as coisas”, salientou o Presidente da República.
Já o primeiro-ministro foi mais parco em palavras, apesar de ter sublinhado a ideia traçada por Marcelo Rebelo de Sousa: “Temos uma excelente equipa técnica, excelentes jogadores, uma Seleção que gosto de ver jogar, pelo que as coisas só podem correr bem.”
Os governantes lá se despediram da comitiva portuguesa e, à saída, Marcelo fez mesmo questão de mandar parar a viatura que o transportava, abandonou-a, e foi cumprimentar os populares que aguardaram durante horas para o poder ver.
Portugal, recorde-se, faz o seu primeiro jogo na prova já esta terça-feira (14), frente à Islândia.