Depois da totalidade dos votos contados, a história das eleições legislativas espanholas está completamente definida.
O Partido Popular, liderado por Mariano Rajoy, venceu, com 33,03 dos votos, e reforçou a votação obtida seis meses antes mas encontra-se, uma vez mais, nas mãos do PSOE para governar.
O Podemos, que ficou longe de alcançar o objetivo de ser o segundo partido mais votado, já desafiou o PSOE a formar um “governo progressista”, algo que parece ser pouco provável de acontecer. Assim, o PSOE, de Pedro Sánchez, vai decidir os desígnios espanhóis.
Os socialistas são agora a peça fundamental quer para a formação de um Governo de bloco central, quer para um eventual Governo das esquerdas.
Em Espanha são necessárias 176 cadeiras no Parlamento para ter maioria absoluta. No entanto, e mais uma vez, nenhum partido obteve esse número.
O PP venceu com 33,03% e 137 mandatos, que compara com 28,71% e 123 deputados em 20-D. O PSOE ficou na segunda posição com 22,66% e 85 assentos parlamentares, sendo que há seis meses os socialistas obtiveram 22,00% e 90 mandatos.
Em terceiro lugar ficou o Unidos Podemos com 21,10% e 71 deputados. Nas últimas eleições o Podemos teve 20,7% e elegeu 69 deputados. Já a Esquerda Unida tinha conseguido alcançar 3,68%, elegendo 2 deputados.
Por fim, o Cidadãos teve 13,05% e garantiu 32 mandatos, resultado que compara com os 13,94% e os 40 assentos alcançados há meio ano.
Entretanto, o líder do Partido Popular, Mariano Rajoy, vencedor das eleições deste domingo em Espanha, já afirmou ter “o direito de governar” e prometeu estar “à altura das circunstâncias”.
“Ganhámos as eleições, reclamamos o direito de governar. Agora o que se trata é de ser 100% útil a todos os espanhóis, os que votaram em nós e os que não votaram. Estamos à disposição de todos”, declarou Mariano Rajoy, num discurso a partir de um palanque onde se lia em letras garrafais, “Gracias” (obrigado).
Mariano Rajoy esteve ainda acompanhado da mulher, Elvira Fernández, que se mostrou emocionada e sorridente durante toda a comemoração. Num momento de carinho explícito, o líder do PP celebrou com a esposa esta vitória com um beijo que mereceu o aplauso de todos os presentes.