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Unicef lança vídeo que mostra o quão preconceituosos podemos ser

O vídeo acaba de ser lançado pela Unicef e merece a atenção de todos, por abordar a situação das crianças que vivem na rua e o preconceito que temos contra elas.

Quase 70 milhões de crianças morrerão antes dos cinco anos até 2030 e 167 milhões viverão em pobreza extrema nesse ano se a comunidade internacional não investir já nas mais crianças pobres. Este foi o alerta dado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância – Unicef.

A pequena Anano, de 6 anos, foi a protagonista do vídeo que fez com que ela parecesse “perdida” de diferentes formas e em diferentes lugares.

Primeiro aparece num local público movimentado, limpa e bem vestida. Depois muda de roupa e surge com roupas velhas e sujas. A mesma coisa acontece em seguida, só que num restaurante.

É curioso ver as diferentes formas de agir das pessoas. À primeira vista perguntam se ela está perdida ou se precisa de ajuda.

Na situação em que parece uma menina de rua, ninguém lhe liga. No restaurante a situação é ainda pior. As pessoas escondem as carteiras e um senhor chega mesmo a pedir para se retirar. Nessa altura, Anano começa a chorar.

A experiência acaba quando a menina se sente triste demais para continuar.

A Unicef faz o apelo: “precisamos dar oportunidade justa para todas as crianças” . Essa é a mensagem principal do relatório anual, que revela ainda que, embora o mundo tenha registado progressos na qualidade da infância, essas melhorias não foram uniformes e as desigualdades ainda marcam a vida de milhões de crianças.

“Quando olhamos para o mundo de hoje, somos confrontados com uma verdade desconfortável, mas inegável: As vidas de milhões de crianças são estragadas pelo simples fato de terem nascido num determinado país, comunidade, género ou circunstância”, escreve o diretor-geral da organização, Anthony Lake, no prefácio do relatório.

Na pagina de Facebook da Unicef foram já milhares de pessoas que se manifestaram em relação ao vídeo. Muitas louvando a iniciativa e outras sentindo-se culpadas e a questionar o que fazer quando se encontra uma criança em situação parecida com a de Anano quando marginalizada.

E a Unicef aconselha:

1. Apresente-se e pergunte onde estão os pais dela;

2. Se eles não puderem ser contactados, entre em contato com a assistência social do seu país e diga-lhes o paradeiro da criança. Eles virão (ou deveriam vir) examinar a situação oferecendo ajuda à criança.

3. Fique com a criança até o serviço chegar.