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César Mourão: “Já fui convidado para fazer novelas”

Conhecido pelos seus papéis mais cómicos, César Mourão regressa ao cinema no registo que o notabilizou, desta feita na pele de ‘Vasco’ em ‘A Canção de Lisboa’ (que estreia a 14 de julho). No entanto, esclarece que é mais que um comediante: “Sou ator, é essa a minha formação, mas em Portugal é fácil colocar rótulos”.

De sorriso fácil, César mostra-se orgulhoso por, mais uma vez, dar vida a uma personagem que outrora foi interpretada pelo icónico Vasco Santana, em grandes clássicos do cinema português.

Mas as semelhanças com o ator que nos anos 30 fez rir em ‘O Pátio das Cantigas’ e n’ ‘A Canção de Lisboa’ ficam só mesmo pelo papel no grande ecrã. “Em comum talvez a energia que imprimimos nas personagens, porque o lado mais boémio e malandro do Vasco Santana eu não tenho”, confessa.

Orgulhoso por protagonizar um filme “tão bem conseguido”, César revela que “dos clássicos este argumento sempre foi o meu preferido pela história e transversalidade”.

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Ao lado da brasileira Luana Martau, o ator dá uma nova roupagem ao texto inspirado no original de Cottinelli Telmo.

“Foi ótimo trabalhar com este elenco, houve uma química muito grande entre todos e em especial com o Pedro Varela (que assina esta comédia)”, sublinha, numa quase ‘troca de galhardetes’ com o realizador de quem recebe largos elogios.

“O César é um ator brilhante, com muito para dar e que o público ainda não descobriu na totalidade”, frisou Varela sobre o protagonista em conversa com a Move Noticias.

Certo que ‘A Canção de Lisboa’ terá “uma enorme aceitação por parte de todos ” sobretudo por ser um “filme honesto que não pretende ser mais do que humor, romance, trama e mentira”, César convida o público a ir ver cinema em português. Mas não só…

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Homem das artes, o ator tem no teatro a sua grande paixão.

Focado, está atualmente em cena com dois espetáculos – ‘Gazelar sem parar’ e o monólogo ‘Esperança – A Velha’ – e ainda colabora com a Rádio Comercial. Embora seja “muito trabalho”, revela que é assim que faz sentido: “Gosto que o público se sinta bem e por isso sou tão rigoroso e dedicado. Estou numa boa fase e não me queixo de ter muito trabalho, é bom sinal”.

Questionado sobre o ‘rótulo’ de comediante, César esclarece que abraçaria um registo sóbrio “se o papel agradasse” e sublinha que “ainda há muito para fazer”.

Sobre a eventual participação em novelas nacionais, salienta que “já surgiram três ou quatro convites” e ainda que “respeite muito quem faz”, confessa não se identificar tanto com esse tipo de trabalho. “Não quer dizer que não venha a fazer, mas a verdade é que gosto de sentir a reação do público e de jogar com isso. É essa parte que o teatro me dá e que em novela não consigo ter percepção”, justifica.