O autor do ato terrorista que terminou com 9 mortos e 27 feridos na tarde de sexta-feira (22) em Munique, na Alemanha, suicidou-se. Foi identificado como Ali Sonboly, tinha 18 anos e dupla nacionalidade, alemã e iraniana, nasceu e cresceu em Munique. Estava sob tratamento psiquiátrico.
Tinha 300 balas na mochila, e segundo o chefe da polícia alemã, Hubertus Andrae, não tinha relações com o Estado Islâmico.
Armado com uma pistola Glock de 9 mm, o terrorista, que já estava referenciado pela Interpol, terá atuado sozinho.
O rapaz parecia obcecado por tiroteios destrutivos. Tinha um exemplar do livro “Rampage in Head: Why Students Kill” (Destruição na minha cabeça: por que os estudantes matam, em tradução livre).
A polícia suspeita ainda que o atirador tenha invadido uma conta de Facebook para convidar pessoas para irem ao centro comercial, onde começou o tiroteio, às 16h (horário local).
A polícia acredita que tenha existido uma influência nos atos de Anders Breivik, o norueguês que assassinou 77 pessoas. “Quando alguém se interessa de forma tão intensa por ataques em massa e de loucura é certo que Breivik desempenhou um papel”, frisou o chefe da polícia de Munique, recordando que sexta-feira foi o 5º aniversário do massacre de Oslo e Utoya.
Pelo menos morreram nove pessoas, cinco das quais menores, e 27 ficaram feridas (três em estado grave). Entre as vítimas do ataque estão sete estrangeiros: três kosovares, três turcos e um grego.
Foto: Reprodução do jornal alemão Bild