O Sumo Pontífice entrou, esta sexta-feira, 29, sozinho e em silêncio pelo portão de Auschwitz-Birkenau, num momento histórico, e assim permaneceu durante vários minutos.
Com o semblante carregado, o representante máximo da igreja católica prestou homenagem às milhares de vítimas que perderam a vida nas várias estações do genocídio naquele campo de concentração, na Polónia, durante a Segunda Guerra Mundial, nomeadamente a São Maximiliano Kolbe, um frade franciscano, que se ofereceu morrer no lugar de um soldado polaco, no ano de 1941.
Papa Francisco, o terceiro líder da Igreja Católica a visitar o campo de extermínio nazi depois dos seus antecessores João Paulo Segundo e Bento XVI, já tinha anunciado, na viagem de regresso da visita que fez à Arménia, a sua intenção de rezar em silêncio naquele “lugar de horror”. Na altura, disse que queria, “sozinho, entrar e rezar para que o Senhor me dê a graça de chorar”.
Não falou durante a visita, mas escreveu no livro de honra do museu de Auschwitz: “Senhor, tem piedade do teu povo. Senhor, perdoa tanta crueldade”. Para além destas palavras, Francisco deixou ainda acesa uma lamparina de bronze, representando o renascimento a partir das ruínas, no “muro da morte”, como é conhecido o local onde eram executados vários prisioneiros no campo.
Recorde-se que Francisco está na Polónia para presidir às Jornadas Mundiais da Juventude, em Cracóvia.
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