O inferno desceu à principal cidade madeirense e já fez vítimas.
O incêndio começou a lavrar na segunda-feira (8) na zona alta, em São Roque. Entretanto, face às altas temperaturas e aos ventos fortes, as chamas alastraram-se para outros pontos da ilha e chegaram mesmo ao centro histórico do Funchal. Já esta terça-feira, dia 9 de agosto, confirmou o Governo Regional, três pessoas morreram, uma está desaparecida e contam-se ainda mil pessoas deslocadas de suas casas ou hotéis.
Os danos materiais são igualmente avultados. Embora, de momento, seja impossível contabilizar o número de edifícios que arderam, sabe-se que o fogo já destruiu várias habitações, lar de idosos, um hotel e um centro comercial.
Este é um drama que já chegou à imprensa internacional e, como há outros fogos a lavrar pelo país, o seu impacto fez com que a hashtag #prayforPortugal (rezem por Portugal) tenha sido a mais usada no Twitter durante as últimas horas.
Miguel Albuquerque, o presidente do Governo Regional da Madeira, revelou há instantes, nesta quarta-feira (10), que as previsões do tempo para o dia de hoje são favoráveis ao “controlo e extinção dos incêndios, com a diminuição da temperatura e da força do vento.”
O governante lamentou ainda os três mortos registados, “três idosas de Santa Luzia” e informou que, no total, “327 pessoas entraram nas urgências”, sendo que “247 delas já tiveram alta e 80 estão internadas para observação com queimaduras e/ou intoxicadas pelos fumos.”
Miguel Albuquerque anunciou ainda o reforço de “30 bombeiros vindos dos Açores e outros tantos de Lisboa”. Da capital portuguesa chegarão ainda “ao meio dia” mais 80 soldados da paz.
