‘What goes around, comes around’, ou como se diz em Português ‘O karma é lixado’. Alicia Machado, que foi Miss Universo em 1996, tendo representado a Venezuela, ganhou a coroa e alguns quilos a mais. Donald Trump, que comprou o concurso, não foi de modas e apelidou-a na altura de ‘Miss Piggy’ (a porquinha dos Marretas), pelo peso, e ‘Miss Housekeeping’ (‘Miss empregada doméstica’) numa referência à profissão de muitas mulheres latinas nos EUA.
Pois bem, 20 anos depois, Alicia vinga-se do empresário. É que a ex-Miss, que agora também é atriz, cantora em teatros musicais, empresária, produtora e dona de uma marca de produtos de beleza e estilo, já tem a cidadania norte-americana. E sim, vai votar Hillary Clinton nas eleições presidenciais.
“Estou tão orgulhosa e inspirada por ser uma cidadã norte-americana! Irei votar! Todo o meu poder e apoio vai para a minha próxima Presidente @hillaryclinton. A ‘Miss Housekeeping’ e a ‘Miss Piggy’ pode votar @realdonaldtrump”, escreveu na altura na sua página de Instagram.
É que a “humilhação pública”, diz, não ficou esquecida. Donald Trump descreveu Alicia como uma “máquina de comer”, numa conferência de imprensa que realizou para mostrar com a Miss Universo estava a ser submetida a um treino para emagrecer. Resultado? Humilhada, passou a sofrer de anorexia e bulimia nos cinco anos seguintes.
“Foi um circo, foi uma brincadeira que causou muito sofrimento. Tive distúrbios alimentares, não comia e achava-me gorda”, lembrou.
Além de que Alicia Machado quer acabar com a “forma desrespeitosa pela qual Trump tem tratado as mulheres ao longo da sua vida”, segundo explicou ao jornal ‘New York Times’. Coisa que aliás Hillary Clinton apontou no debate em frente a Donald.
