Filmes, livros, ficção no fundo, dão importância ao tema imortalidade. Mas fique a saber – caso não soubesse – que não existe tal coisa. É que a vida humana tem um limite máximo natural: 125 anos.
O número foi apontado num estudo. Uma equipa de cientistas analisou dados demográficos de 40 países, Portugal incluído, e percebeu que havia que uma idade difícil de ultrapassar.
Segundo o limite matemático, essa idade é 125 anos. Mas de acordo com os casos reais, o recorde pertence a Jeanne Calmen, que viveu até aos 122 anos e morreu em 1997.
O que faz com que os cientistas fixem nos 115 anos a idade média de morte dos supercentenários (pessoa que atinge os 110 anos).
“Os supercentenários têm falecido por volta dos 115 anos e prevemos que isso não vai mudar num futuro próximo“, explicou um dos autores do estudo, Brando Milholland.
Tudo se deve também ao facto de a esperança média de vida ter vindo a aumentar em todo o mundo desde o século XIX.
“É verdade que a percentagem de pessoas que vivem mais de cem anos aumentou, mas a duração máxima dos seres humanos não tem crescido muito, o que significa que será quase impossível superar o atual registo de longevidade“, destacou Timothy Cash, investigador do Centro Nacional de Investigações Oncológicas.
De acordo com os cientistas da faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova Iorque, a probabilidade de alguém atingir o limite matemático de 125 anos é de apenas um em cada 10 mil.
O estudo, publicado na Nature, não descarta totalmente a hipótese de, no futuro, um ser humano ultrapassar esse limite – mas apenas com o “elixir da juventude”.
Para tal “seriam necessárias várias intervenções, além da melhoria da saúde“, explica Jan Vijg, citado pelo El Español.
Atualmente, a mulher mais velha do mundo é a italiana Emma Morano, que tem 116 anos e 311 dias.
Emma Morano nasceu a 29 de novembro de 1899 e já afirmou que o segredo da sua longevidade é evitar medicamentos, beber “grappa” (aguardente italiana) e, sobretudo, comer três ovos crus por dia.