Estima-se que, pelo menos, 250 mil portugueses vivam diariamente com psoríase. Trata-se de uma doença inflamatória e autoimune que afeta 1% a 3% da população mundial, ou seja, 125 milhões de pessoas.
A patologia deixa um em cada dois doentes constrangidos nas suas relações pessoais. Os dados foram agora divulgados pela PSO Portugal- Associação Portuguesa da Psoríase.
Cerca de 58% dos doentes sente que a psoríase prejudica o seu relacionamento com as outras pessoas.
Apesar de crónica, a doença não é mortal, nem contagiosa. Apresenta-se, geralmente, sob a forma de lesões avermelhadas na pele, espessas e descamativas, e afeta tanto homens como mulheres, estando mais associada a pessoas de pele clara.
Manifesta-se, pela primeira vez, entre os 15 e os 35 anos, mas pode surgir em idades mais avançadas.
É uma patologia com uma forte propensão hereditária: um terço dos casos diagnosticados tem história clínica familiar de psoríase. No entanto, qualquer pessoa pode ter um surto sem existir qualquer antecedente.
No próximo dia 29 assinala-se o Dia Mundial da Psoríase e por isso vai ser discutido o tópico ‘O Impacto Psicossocial da Psoríase em Portugal: Onde estamos e para onde queremos ir?’, num encontro que junta em Lisboa profissionais de saúde, doentes e representantes da Indústria Farmacêutica.
Não existe cura para a doença, sendo que as terapêuticas disponíveis contribuem para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. A preocupação dos profissionais passa assim por saber como inverter o estigma social e profissional de que estes doentes são alvo.