A cantora britânica, de 28 anos, revelou – numa entrevista à revista ‘Vanity Fair’ – que a maternidade não foi, à partida, “um mar de rosas”. “Eu tive uma depressão pós-parto muito difícil e isso assustou-me. Não tomei antidepressivos, mas também não falei sobre isso com ninguém”, confessou justificando assim o porquê de não pensar em ter mais filhos, “até porque Angelo [de quatro anos] tem uma irmã mais velha do anterior casamento do pai”.
Adele, que sempre se manteve reservada no que à sua vida privada diz respeito, contou ainda que o apoio do namorado, Simon Konecki, foi fundamental nessa fase:” Ele dizia que eu devia falar com outras mulheres grávidas e eu respondia ‘dane-se, não vou sair com um bando de mães’. Então, sem perceber, eu estava lá, no meio de uma série de grávidas e mulheres com bebés, porque descobri que são mais pacientes”.
“Eu achava que os sintomas da depressão pós-parto se manifestavam em situações como a mãe não querer o filho, achar que vai magoá-lo, ou que não está a fazer um bom trabalho. Mas eu era obcecada pelo meu filho. Porém, sentia-me inadequada, como se eu tivesse tomado a pior decisão da minha vida”, relembrou.
Consciente do seu estado de saúde – “Eu tenho um lado sombrio. Sou propensa à depressão”, reconheceu – a cantora acredita que ter sido mãe a mudou em vários aspetos. “Desde que tive meu filho tenho sido muito cuidadosa com minha saúde. Tenho medo de tudo, porque não quero morrer, quero cuidar dele”, diz Adele, que parou de beber e fumar por causa de Angelo.