Nas primeiras horas da madrugada portuguesa desta sexta-feira, 11, o agente do canadiano anunciou, na página oficial do músico no Facebook, a notícia que ninguém queria ouvir: “É com profunda tristeza que informamos que o poeta, compositor e artista lendário Leonard Cohen morreu. Perdemos um dos visionários mais prolíficos e respeitados do mundo da música.”
Com 82 anos, Leonard Cohen disse adeus à vida, algo que o próprio parecia adivinhar, tendo em conta aquele que foi o seu último trabalho, editado há pouco mais de um mês, e que figurou numa das mais recentes edições da rubrica da Move Notícias intitulada por “Álbuns da Semana”.
As cerimónias fúnebres decorrerão em breve, em Los Angeles, nos Estados Unidos da América, com a família do falecido a pedir privacidade nesta hora de pesar.
Entre a comunidade artística portuguesa, Pedro Abrunhosa foi dos primeiros a reagir a esta triste notícia, mais uma a fazer chorar o mundo da música neste ano de 2016. “Vividas, mais do que inspiradas, as suas poesias são um embaraço para a morte que nunca lhes virá. Dialogou com Deuses e namorou religiões na mesma busca de absoluto com que experimentou os seus antípodas, enfrentou fantasmas e foi iludido pela pequenez dos homens, pelo meio libertou-se pela escrita, uma forma de nos salvar a nós também, salvando-se a si próprio do fim irreversível”, escreveu o músico português, em jeito de homenagem, no Facebook.
E a essas palavras sentidas acrescentou outras tantas como agradecimento pela obra de Cohen: “Vi-te três vezes em espectáculos que me marcaram mais do que qualquer livro, viagem ou romance. Sempre deles saí elevado e transformado como se nos tivesses bafejado a todos com o encanto de vislumbrar contigo o Céu. Mudaste-me pela genuína Bondade com que transbordavas do palco. Devo-te, também por isso, muito mais do que poderei jamais dizer pelas minhas banais palavras.”