Temos um país que parou porque nos foi vendida a ideia da Websubmit que, para além de ter implicado despesa pública, veio informar o reino que, em poucos anos, milhões e milhões de pessoas estarão sem trabalho, sem competências, desactualizados pelas máquinas…
Portanto, o futuro prever-se ainda pior que o que presente a não ser para alguma destas elites tecnológicas.
Vivemos num país que abandona os velhos onde calha, onde se tratam mal crianças, onde se deitam excessos de comida fora, onde se trabalha a troco de pouco, onde se batemos palmas e nos curvamos perante quem nos rouba, aceita-se que governe quem não foi eleito…
Vá-se la entender! Talvez, sem que interesse fazer barulho ou levantar ondas, estejamos a voltar aos tempos de sucessão dinástica.
Por cá estes contrastes parecem não incomodar muito. Mas é um país que continua a preocupar-se com o quintal dos outros, na boa tradição portuguesa, não aceitando quem o povo, democraticamente e respeitando as regras previamente estipuladas, elege. A carneirada ideológica não percebe que é comandada pela comunicação social lobista e logo ataca o que é novo, diferente, esquecendo as críticas que ate então fazia.
De facto propagandeia-se que se quer a mudança, até que ela chega. Depois, quando a vislumbram tremem e querem manter o status quo, afinal “ vou-me safando para quê mudar “.
Não ter atitude é sempre o melhor para quem quer comer de todas as gamelas, para quem se mexe bem na lama e quer manter a hipocrisia. Fazer e lutar contra os poderes instituídos e inatacáveis é coisa diferente e implica fazer contas, ficar na retaguarda a ver o que vai dar e aparecer a cantar vitoria quando a guerra acaba…
Vou ali, lutar e tirar um apontamento, até terça!
