O queijo pode ser o ‘culpado’ pela falta de memória, segundo a sabedoria popular, mas segundo um grupo de cientistas europeus é o responsável por uma vida mais longa.
Existe um composto com o nome ‘espermidina’, existente nos queijos curados, que ajuda as células a reparar partes danificadas e pode prolongar a vida.
Os testes foram inicialmente feitos em ratos e permitiram perceber que aqueles que beberam água misturada com espermidina viviam mais tempo do que os outros que beberam apenas água.
“Os ratos não só vivem mais tempo quando ingerem a espermidina, como também ficam mais saudáveis em termos de função cardíaca”, afirmou ao Medical Daily o investigador Frank Madeo, da Universidade Médica de Graz, na Áustria.
Além da melhoria na função cardíaca, houve uma diminuição da pressão arterial nos roedores, refere o estudo publicado na Nature Medicine.
Depois dos ratos, os humanos. A investigação prosseguiu com 800 voluntários italianos e os resultados foram idênticos: pressão arterial mais baixa e um risco 40% menor de doenças cardiovasculares.
Os cientistas dizem ter esperança que a molécula possa ser aproveitada no desenvolvimento de um suplemento que evite o processo de envelhecimento.
Algo que já tinham tentado em 2009 quando descobriram que a espermidina prolongava, de forma significativa, a vida útil de determinadas células. E que à medida que os mamíferos envelhecem uma das mudanças bioquímicas que sofrem é a redução da espermidina.
Tudo muito positivo, mas atenção aos excessos: além do colesterol existente nos queijos, muita gordura cancela os efeitos do composto.