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Trump ‘vence’ título de melhor reação à morte de Fidel Castro

Desde que foi conhecida a notícia da morte do antigo líder cubano, vários líderes mundiais reagiram. Uns com declarações mais sentidas, como foi o caso do vizinho venezuelano Nicolás Maduro, outros mais formais. Mas no geral com uma mensagem clara.

Já o presidente eleito norte-americano ganhou a tudo e todos, até agora. Donald Trump recorreu ao Twitter, a sua rede social de eleição e onde é bastante ativo, para deixar a seguinte mensagem:

“Fidel Castro is dead!” (Fidel Castro está morto!).

Só isto. A publicação foi feita esta tarde de sábado, depois de vários homólogos seus o terem feito. Trump constatou um facto, ficou surpreendido, deixou uma mensagem subliminar, sentiu tristeza, sentiu alegria. Não se sabe ao certo. Mas conseguiu lançar a dúvida com apenas 18 caracteres (ponto de exclamação incluído).

Um feito mesmo para quem é um ‘campeão’ do Twitter, pelo menos em polémica (antes, durante e pós-campanha eleitoral).

Note-se que durante a campanha, o então candidato ameaçou recuar no acordo com Cuba, caso o país não permitisse liberdade religiosa e política. E Fidel – que preferia Hillary Clinton a Trump – propôs atribuir uma “medalha de barro” ao recém-presidente eleito dos EUA.

Isto já dois anos depois do reatar de relações entre os dois países, que estiveram em “guerra diplomática” desde 1961. Se bem que em 2014 os protagonistas foram outros: Barack Obama, antecessor de Trump, e Raúl Castro, irmão de Fidel.

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Líderes mundiais lembram homem histórico
“Recordava o passado com uma vivacidade indiscutível. Eu não diria que, apesar da fragilidade física, um mês depois já não pertencesse ao mundo dos vivos”, disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, relembrando o encontro que teve com aquele em Cuba, em outubro.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, recordou a amizade de Fidel Castro com o falecido presidente Hugo Chávez. “Os revolucionários do mundo têm que continuar o seu legado”, pediu.

“O povo chinês perdeu um camarada bom e sincero”, declarou Xi Jinping, líder da China, país que partilha os mesmos ideais comunistas.

“A Cuba livre e independente que criou ao lado dos correligionários converteu-se num membro influente da comunidade internacional e serviu de exemplo inspirador para muitos povos e países”, afirmou Vladimir Putin.

O Papa Francisco lamentou a morte de Fidel numa mensagem enviada ao seu irmão, o presidente Raúl Castro. “Expresso os meus sentimentos de pesar a vossa excelência e aos demais familiares do defunto dignitário, assim como ao governo e ao povo dessa amada nação. Ao mesmo tempo, rezo ao Senhor pelo seu descanso”.

Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, mencionou o “encerrar de um capítulo da história”. Já o presidente da comissão Europeia Jean-Claude Juncker lembra que o “mundo perdeu um homem que era um herói para muitos”.

O ainda secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, destacou os avanços durante os anos de governo de Fidel e apelou para que a ilha “continue a avançar no caminho das reformas e para uma maior prosperidade”.

O chefe da diplomacia britânica, Boris Johnson, disse que a morte de Fidel “marca o fim de uma era para Cuba e o começo de uma nova era para o povo de Cuba”.

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, destaca “uma figura de importância histórica”.

François Hollande, presidente de França, indicou que Fidel “encarnou a Revolução Cubana, nas esperanças que suscitou e nas desilusões que provocou”.

“Soube representar para os cubanos o orgulho da rejeição do domínio estrangeiro”, continuou, referindo-se à Guerra Fria e insistindo que o embargo norte-americano “que penaliza Cuba possa ser definitivamente levantado”.