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Cuba e EUA voltam a ter voos diretos ao fim de 50 anos

É o primeiro sinal inequívoco de mudança entre as relações entre os dois países, em “guerra diplomática” desde 1961, e acontece – ainda que por coincidência – três dias depois da morte do antigo líder cubano.

No final deste ano o espaço aéreo entre a ilha e os Estados Unidos da América vai reabrir, passando a ter voos comerciais diretos e regulares depois de uma interrupção de 50 anos.

Serão 110 voos diários, dos quais 20 aterram em Havana. Note-se que apenas os norte-americanos podiam viajar para a ilha, apesar do embargo imposto a Cuba pelos Estados Unidos desde 1962.

Hoje, segunda-feira, a JetBlue vai inaugurar a sua ligação direta entre Nova Iorque (nordeste dos Estados Unidos) e Havana às 8h58 locais (13h58 GMT).

Outros voos diretos da JetBlue para Havana estão igualmente previstos a partir de Orlando e Fort Lauderdale.

Já a partir de quarta-feira, a American Airlines – a primeira companhia aérea americana a propor um serviço regular com a capital cubana – vai ligar Havana e Miami, a “capital” do exílio cubano nos Estados Unidos, quatro vezes por dia. Outro voo diário parte de Charlotte, na Carolina do Norte, no sudeste dos Estados Unidos.

Foi em 2014 que o presidente norte-americano Barack Obama e o regime de Cuba, liderado por Raúl Castro, com o apoio (na sombra) de Fidel, quebraram o gelo das relações bilaterais.