Quando tocarem as 12 badaladas hoje, 31 de dezembro, é muito provável que, independentemente do local onde estiver, vá ouvir fogo-de-artifício.
Mas nem tudo é festa. Isto porque se trata ‘apenas’ do ruído mais perigoso à audição.
A principal problemática do fogo-de-artifício prende-se com a intensidade das explosões provocadas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ruídos com mais de 140 dB (decibéis) devem ser evitados, sendo que estes espetáculos de pirotecnia podem atingir de 150 a 175 dB, podendo danificar gravemente as células do ouvido interno, conhecidas por não se regenerarem.
De facto, a exposição a sons com volumes demasiado elevados pode conduzir à perda auditiva temporária e, em alguns casos, permanente.
É por esse motivo que se recomenda manter uma distância segura entre o lançamento do fogo-de-artifício e o local onde deverá ser observado (cerca de 15 a 20 metros para adultos e 50 a 60 quando se trata de crianças).
“O ruído da explosão é tão forte que pode lesar gravemente os cílios da cóclea, estrutura do ouvido que é responsável pela transmissão das vibrações sonoras para o nervo auditivo. É por esse motivo que as pessoas responsáveis por largar o espetáculo pirotécnico são as que correm mais riscos”, explica Alexandra Marinho, audiologista da GAES – Centros Auditivos.
“Recomendo seriamente o uso de protetores auditivos de forma a poder prevenir qualquer tipo de dano auditivo. Caso exista a sensação de ouvido entupido, dor ou dificuldade em ouvir, é imperativo fazer um exame auditivo”, conclui.
Posto isto, tenha os devidos cuidados e dê as boas-vindas a 2017!