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Viúvas e clube lembram jogadores da Chapecoense, um mês após a tragédia

O acidente aéreo que devastou um clube de futebol ocorreu a 29 de novembro. O avião da companhia boliviana LaMia que transportava a equipa brasileira de futebol Chapecoense até à Colômbia caiu em Medellín, provocando 71 mortos.

Apenas seis pessoas sobreviveram: três são futebolistas do clube de Santa Catarina (o defesa Neto, o guarda-redes Jackson Follmann e o lateral Alan Ruschel).

Um mês depois, o que fica é a saudade e a vontade de lutar.

“É tempo de desafios. Muito trabalho está sendo feito por todos, objetivando primeiramente apoiar as famílias dos que se foram e a retomada de nosso querido clube. Neste momento de reconstrução, chegam novos dirigentes, nova comissão técnica e novos atletas para somar forças aos poucos que ficaram”, disse o presidente da Chapecoense, Plinio David de Nes Filho, numa carta aberta, divulgada a 29 de dezembro.

“Tenho certeza torcedores, imprensa que tem nos apoiado em todas as horas, que seremos fortes e combativos em busca de nossos objetivos. O verde de nossas camisas será sempre o da esperança, será sempre o orgulho de Chapecó”, assegurou ainda o representante.

Também as viúvas dos atletas falecidos na ocasião escreveram uma mensagem em memória das vítimas. Para tal usaram as redes sociais, onde aliás costumam publicar várias imagens dos entes queridos que perderam no acidente.

“Uma saudade que não cabe no peito, um amor inexplicável, como eu queria você de volta amor da minha vida. Quanta falta você me faz, mas sei meu amor que você está num lugar lindo e junto com o papai do céu. Tem cuidado todos os dias de mim e do nosso filho, sua sementinha que ficou aqui comigo. Você é e sempre será o grande amor da minha vida”, escreveu a mulher de Tiaguinho, Graziele, que descobriu estar grávida pouco antes da tragédia.

“Meu príncipe! Te amo! É uma saudade que não cabe no peito”, declarou Aline Penteado Machado, companheira de Iran, que publicou também um vídeo antigo onde se vê os jogadores e familiares a divertirem-se.

Um vídeo publicado por Aline (@alineppm) a

“Admito… admito que talvez minha ficha nem tinha caído ainda. Meu preto, como eu amava conversar contigo. Como eu amava receber teu bom dia, teu boa noite … teus cuidados! Foram SETE ANOS ao teu lado”, lembrou Amanda Braz, viúva do lateral-esquerdo Dener Assunção.

“Mas eu só quero lembrar Que de 10 vidas, 11 eu te daria”, lembrou Letícia, esposa do guarda-redes Danilo Padilha, sobrevivente que chegou a ser dado como morto inicialmente, mas que depois acabou por não resistir aos ferimentos já no hospital.

“Acordar. Respirar. Pensar. Existir. Não há um verbo que não doa durante o luto. Talvez dormir alivie, que é quando a dor adormece. Momento em que o medo desperta: será preciso enfrentar o dia seguinte”, resume Bárbara Calazans, que colocou uma fotografia do seu casamento com Ananias.

“Hoje meu amor faz 1 mês que você foi viajar e não voltou mais, será que estou vivendo um pesadelo? Quero acordar e tudo voltará o normal como era antes, acordar e você estar me esperando chimarrão que só você sabia fazer! Meu Deus que tristeza”, lamentou Susana Ribas, viúva de Thiego.