Compraram e distribuíram mais de mil litros de água aos condutores retidos no trânsito devido a um incêndio, em agosto do ano passado, em Estarreja. Foi a 7 de agosto e o calor e a falta de água poderia ter sido fatal, tendo em conta que a espera nas filas de trânsito era superior a cinco horas. Por isso Lucinda Borges e Paulo Pereira – que recusaram receber dinheiro pela água que deram – passaram a ser conhecidos como o “casal herói da A1”.
Agora voltaram a ser notícia pela onda de solidariedade que estão a gerar no país. De acordo com o que contaram à imprensa, Lucinda estará doente e Paulo desempregado, estando a passar por dificuldades económicas.
Ele, de 44 anos, ela, com 34, são pais de uma filha, de 15 anos. Segundo contaram aos jornalistas, a adolescente teve de passar o Natal com amigos porque em casa não teria a possibilidade de comer o bacalhau ou de receber prendas.
As mesmas pessoas que filmaram e divulgaram o “casal herói da A1” no Facebook deram o mote ao criar páginas de apoio ao par, como esta e também esta.
Foi ainda criado um evento naquela rede social, marcado para 10 de janeiro, dia em que serão entregues os bens doados à família de Avanca.
São várias as ajudas que estão a receber, desde comida, dinheiro, ofertas de emprego e até consultas médicas.
Apesar da adesão ter sido grande, há também quem critique o casal. Muitos fazem-no na internet, outros pessoalmente aos jornalistas. Foi o caso dos vizinhos e do pároco de Avanca que garantem que a situação da família não é como a contam.
Um jornal diário cita os vizinhos, que acusam Paulo de se aproveitar da boa vontade popular, e o padre, que refere que Lucinda diz ter cancro mas o marido fala em anemia.
Polémicas à parte, recorde o momento que deu a conhecer ao país o casal Luciana Borges e Paulo Pereira:
