Cinco pessoas morreram e mais de 37 ficaram feridas em tiroteio na zona de recolha de bagagens do Terminal 2, no Aeroporto Internacional de Fort Lauderdale, na Flórida.
Foi pelas 13H00 (hora local) -18H00 em Lisboa – de 6 de Janeiro que as autoridades locais receberam o alerta. O suspeito, Esteban Santiago de 26 anos, era passageiro de um voo da Delta Airlines proveniente de Anchorage com escala em Minneapolis. Foi depois da aterragem e recolha das bagagens que o homem foi à casa de banho, tirou a arma da mala, que havia sido despachada no check in, carregou-a e disparou sobre os restantes passageiros.
Vídeos captados no local, alguns deles transmitidos em direto no Facebook Live, mostram o pânico dos passageiros e de alguns, enquanto a polícia evacua o aeroporto e escolta mais de 200 tripulantes de vários voos. O Aeroporto Internacional de Fort Lauderdale, que recebeu cerca de 29 milhões de pessoas em 2016, informou no Twitter que todos os serviços seriam encerrados durante um período de tempo alongado. As autoridades locais bloquearam imediatamente os acessos ao aeroporto e a 50 quilómetros de distância, no Aeroporto Internacional de Miami, foram reforçadas as medidas de segurança.
#FLL is currently closed and will be for an extended period of time. Please contact your airline about your flight https://t.co/Uwbaa6n6aB.
— Ft. Laude-Hlwd Int’l (@FLLFlyer) January 6, 2017
Passadas duas horas do início do atentado, a TSA, agência que gere a segurança dos aeroportos, publicou no Twitter que existia ainda um atirador ativo e que a polícia estava a investigar relatos não confirmados sobre a existência de um cúmplice e de ataques ocorridos em diferentes partes do aeroporto. Segundo a Polícia do Condado de Broward essa hipótese foi não se confirmou.
Foi em comunicado à imprensa que a polícia assegurou também que os serviços de urgência socorreram de imediato as vítimas, algumas delas encaminhadas para os hospitais. Scott Israel, o xerife do Condado de Broward, afirmou que mais 37 pessoas foram feridas no pânico que procedeu o ataque, com lesões que incluem contusões, ossos quebrados e entorses.
Ainda não está confirmado que seja um atentado terrorista, mas o atirador foi detido sem dificuldade e está a ser interrogado pelo FBI e outras autoridades norte americanas para apurar a origem do incidente e as motivações do suspeito.
Mark Lea, uma testemunha do tiroteio, afirmou à CBS News que o ataque parecia ser aleatório. O suspeito “não gritou nada, apenas parecia escolher pessoas e objetos como prática de alvo.”
O Senador do estado da Flórida, Bill Nelson, confirmou à rede de televisão norte americana MSNBC que o atirador trazia consigo um documento de identidade militar com o nome de Esteban Santiago. A Guarda Nacional do Exército do Alasca confirmou a KTUU-TV em Anchorage que Santiago tem quase uma década de serviço militar mas que já não faz parte da organização.
A tia de Santiago, Maria Ruiz, disse em entrevista à North Jersey, que o sobrinho era um veterano do exército com serviço no Iraque. Tanto a tia como o irmão do suspeito, Bryan Santiago, confirmaram que Esteban havia voltado do Iraque com “um comportamento estranho e violento”. Santiago tinha sido pai no último ano e trabalhava como segurança no Alasca.
Em Novembro passado Santiago tinha sido entrevistado pelo escritório de Anchorage do FBI, e o seu comportamento errático havia preocupado os oficiais. Estes contactaram a polícia local para o levar em custódia e ser transportado para um estabelecimento médico para avaliar a sua saúde mental. Depois de efetuadas todas as diligências normais, o caso foi encerrado.
O futuro vice presidente norte americano Mike Pence já comentou o incidente e garantiu que tanto ele como Donald Trump enviam “as suas orações e pensamentos para as vítimas e famílias deste ataque”. Em publicação no Twitter, Donald Trump disse “estar a monitorizar a situação.” Este violento incidente vem agravar a controvérsia latente que existe nos Estados Unidos sobre o uso e porte de armas.
Monitoring the terrible situation in Florida. Just spoke to Governor Scott. Thoughts and prayers for all. Stay safe!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) January 6, 2017