Mais um que morre e vira santo. Algo tao típico que me leva a desejar ser vivo depois da minha morte.
Coerentemente, não gostava e continuo a não gostar.
Percebo e respeito quem lutou pela liberdade mas, não tendo sido o único, tem o
destaque de quem tem boa imprensa.
Imprensa que nunca foi má para quem um dia defendeu a liberdade e no outro defendeu um detido pelas leis democráticas contra a justiça, para depois dar ordens à policia como se fosse o imperador totalitário.
Sempre soube jogar bem o jogo politico. A ele nunca lhe tiraram a tosse nem nunca sofreu atentados, o que é estranho quando se olha para tantas outras figuras incómodas do passado.
Não sendo do quadrante politico e estando mesmo nos antípodas, agradeço a luta pela liberdade, mas não se faça mais do que herói a quem o povo democraticamente conferiu 14% nas ultimas eleições a que concorreu. Não se percebe o imapacto, a não ser por todo o ambiente gerado e catapultado que sempre a comunicação social tende a fazer e a usar ao limite nestes momentos.
Foi um entre muitos. Muitos outros tombaram ignorados pela História.
Viveu numa época em que não havia o escrutínio diário da imprensa e da justiça.
Soube viver, uma no cravo outra na ferradura, mas como sempre, na morte só se alcança o que de bom se fez em vida.
Vou ali, tirar um apontamento, até terça!