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Orientação sexual vale prémio a filho de Júlia Pinheiro

“2017 vai ser um ano bom (…) 2016 não foi um ano. Foi um tractor. (…) 2015 foi indescritível de mau”, foi assim que Rui Maria Pêgo fez o balanço do que passou e a antevisão do que aí vem.

Pelo menos, para já, acertou. O radialista, apresentador e agora ator de teatro musical foi um dos distinguidos pela ILGA Portugal (Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero) pela visibilidade que deu à causa LGBT depois de assumir a sua orientação sexual.

Rui junta-se assim “à lista crescente de figuras públicas que contribuem para a visibilidade da causa LGBT em Portugal, tornando-se em mais uma importante referência junto das tantas pessoas que ainda não conseguiram sair do armário do medo, da invisibilidade e do silêncio” e porque nos mostrou “que é tempo de resistir e de nos afirmarmos ainda com mais força”.

Além do filho de Júlia Pinheiro, também a Assembleia da República, o programa da SIC e o videoclip “E se fosse consigo?” e a TAP estão entre os premiados nesta edição 2017 dos Prémios Arco-Íris.

A cerimónia pública decorre amanhã, 14 de janeiro, às 21h30 no Estúdio Time Out, em Lisboa. A entrada é livre até às 23h00 e “só a discriminação fica à porta”.

Irão atuar nomes como Rita Redshoes, Carlos Costa, o coro CoLeGaS, Moullinex, MCDJ e Candy Fur. A apresentação está a cargo de Rita Ferro Rodrigues, depois do ‘afastamento’ do habitual anfitrião Ricardo Araújo Pereira por usar várias vezes a palavra “mariconço” em situações de humor.

Elenco musical Avenida Q

Entretanto, Rui Maria Pêgo prepara-se para recriar um musical da Broadway e subir ao palco do Teatro da Trindade, a 8 de fevereiro, juntamente com Ana Cloe, Diogo Valsassina, Gabriela Barros, Inês Aires Pereira, Manuel Moreira, Rodrigo Saraiva, Samuel Alves, Artur Guimarães, Luís Neiva e André Galvão.

‘Avenida Q’ é o “musical mais estúpido e genial de todos os tempos – uma Rua Sésamo em esteróides, que junta à estética Muppets uma linguagem tão adulta, que só funciona mesmo porque a vida é uma longa marcha de tédio em direção à campa”.

Uma peça que promete “traumatizar crianças”, daí só ser para maiores de 16 anos.