Viu no ano passado um documentário chamado ‘Defying my Disability’ (‘Desafiando a minha deficiência’, em tradução literal), realizado por Ramzi Maqdisi, e ficou impressionado.
O trabalho mostra sete palestinos, entre sete e 28 anos, com diferentes deficiências. Seis nasceram assim, um ficou ferido em ataques israelitas em Gaza.
O vídeo testemunha os desafios da vida em Gaza e na Cisjordânia Ocupada, onde cerca de 113 mil pessoas vivem com deficiências e mais de 33% dos alunos com deficiência abandonam a escola.
André Villas-Boas prometeu a si próprio “fazer o que pudesse para melhorar um pouco a vida deles” e está a cumprir.
O treinador de futebol, atualmente aos comandos do clube chinês Shanghai SIPG, está na Palestina e já conheceu Mohammed, Idriss e Haneen.
“Hoje foi o primeiro dia em que conheci alguns deles. Os seus sorrisos fizeram o meu dia. Obrigado!”, escreveu nas suas redes sociais.
Mohamed Sadah nasceu com uma malformação congénita que afeta a parte inferior do corpo. Lamenta a falta de equipamentos eletrónicos e outras instalações para deficientes na Cisjordânia Ocupada. No entanto, apesar de não ter o uso de suas pernas, esforça-se para ser independente, usando as mãos para subir escadas.
Haneen Abu Ayash, 25 anos, formou-se como secretária, mas não conseguiu encontrar um emprego por causa de um problema de fala que tem desde o nascimento. A mãe sofreu uma falta de oxigénio no nascimento de Haneen, que deixou esta com uma deficiência.
Idriss Awaad, de sete anos, está determinado a aprender a andar e a praticar todos os dias ao longo de um longo muro perto da casa do seu tio. Sofre da mesma condição que Haneen.
Os comentários dos fãs de Villas-Boas não se fizeram esperar. “Espetacular AVB! O futebol podia fazer muito mais com pessoas como tu”, “Bonito gesto mister” e “AVB um exemplo para todos” foram algumas das reações deixadas.
Este é o documentário que sensibilizou o treinador português: