A sentença foi lida há pouco tempo no Tribunal Judicial das Baleares, em Palma de Maiorca, e como esperado – pelo menos pela imprensa espanhola – a irmã do rei de Espanha foi absolvida no caso Nóos. Já o marido Iñaki Urdangarin foi condenado a seis anos e três meses de prisão por crimes de fraude e evasão fiscal.
A infanta e o ex-duque de Palma estavam entre os 17 suspeitos que começaram a ser julgados em janeiro de 2016, num caso que envolve negócios feitos pelo Instituto Nóos, uma organização sem fins lucrativos, com sede em Palma de Maiorca, que Inaki Urdangarin fundou e presidiu entre 2004 e 2006.
Urdangarin é acusado de ter utilizado as suas ligações à família real para ganhar concursos públicos para organizar, entre outros, eventos desportivos, tendo em seguida desviado fundos para a Aizoon, uma empresa que ele geria em conjunto com a princesa Cristina e utilizava para financiar o seu estilo de vida luxuoso.
Recorde-se que o Ministério Público tinha pedido 19 anos e cinco meses de prisão para o cunhado do Rei Felipe VI.
Mudança para Portugal
Diz o jornal ‘El País’ que a infanta Cristina vai-se mudar já hoje para Portugal. Depois de três anos a viver em Genebra, na Suíça, e após ter estado esta semana em Barcelona, a filha mais nova dos reis eméritos Juan Carlos e Sofia, vem aí uma nova morada.
De acordo com aquela publicação, há muito que estava decidido que, caso a sentença fosse desfavorável para Urdangarin mas não para a infanta, e mal termine o ano letivo, esta e os quatros filhos deixarão Genebra e rumarão ao nosso país.
Uma hipótese que já havia sido avançada no ano passado, pelo ‘El Confidencial’, e que estava relacionada com o facto de a Fundação Aga Khan, para a qual a infanta Cristina poderá trabalhar, ter comprado o Palácio Henrique Mendonça, no Bairro da Lapa, Lisboa. O príncipe Ismaili, que esteve em Portugal no início de maio, é um velho amigo de Juan Carlos.
Com esta mudança, a infanta fica também mais perto do marido, que irá para a cadeia.