Aos 26 anos, Filipa Areosa já se afirmou na representação nacional. Depois da estreia na última série de “Morangos com açúcar”, somou experiência em outros trabalhos, até revelar toda a sua versatilidade na novela “Amor Maior” que a SIC agora transmite.
Mafalda, a personagem a quem dá vida na trama, sofre de um cancro da mama, por isso e para dar mais realismo à interpretação, a atriz rapou o cabelo, mudando radicalmente de visual.
Diferente, a jovem confessa que se sente confortável com a nova imagem: “Assim tenho zero cuidados com o cabelo. Estou a adorar. Pior vai ser quando tiver de me habituar a ter o cabelo comprido outra vez. Não uso amaciador e quase não uso champô. Passava imensas horas no banho…é uma questão de hábito. Temos a mania que o cabelo curto é mais masculino, mas não é de todo. Cada vez mais gosto de ver pessoas com cabelo curto”.
O estilo de vestir também se transformou, pois, “a estrutura da cara muda um pouco”. “Não tenho jeito nenhum para vestir-me. No dia-a-dia sou mais desportiva, descontraída e sem cabelo apetece-me usar roupas mais femininas.” Para completar sente também necessidade de usar “uns brincos” e, em tom de brincadeira, confessa, que a maior diferença é mesmo sentir mais “frio”.
A mudança foi inteiramente apoiada pelo namorado, o também ator Tiago Teotónio Pereira que “adora o look”. Além disso, “agora demoro menos tempo no banho do que ele”, destaca Filipa, entre risos, à margem da inauguração da loja Rituals na Avenida da Liberdade, em Lisboa.
Extrovertida e sempre com um sorriso que a faz parecer mais nova do que realmente é, Filipa Areosa descobriu ainda pequena, na escola primária, a paixão por representar nas peças de teatro que interpretou. Ainda chegou a querer ser arquiteta, mas a inquietude artística que, aos 15 anos, a fez deixar o Cartaxo onde cresceu na companhia dos sete irmãos para se aventurar em Lisboa, orientou-a numa carreira na ficção.
Dos pais herdou “o gosto pelo trabalho e a ideia de que se não dá de uma forma, dá de outra. Tem é que se se lutar”. E foi na luta diária que vingou, não escondendo a vontade de, um dia, tentar a sorte no estrangeiro para “conhecer outras formas de trabalhar”.
Oriunda de uma família numera e com mais de uma dezena de sobrinhos, Filipa ainda não despertou para ser mãe, embora já tenha dito, em entrevistas anteriores, que “gostava de adotar”. Um desejo expresso antes de encontrar a estabilidade nos braços de Tiago há já um ano e meio, com quem vive atualmente.
Fotos: César Lomba