A asma foi um dos temas abordados nas Jornadas de Pneumologia, organizadas pela Sociedade Catalã de Pneumologia da Academia de Ciências Médicas da Catalunha e que decorreram no Centro Internacional de Negócios de Badalona, em Barcelona, Espanha.
Maribel Casas, do Instituto de Saúde Global (ISGlobal) de Barcelona, observou a influência cada vez mais forte dos fatores ambientais no desenvolvimento e no controlo da asma.
Até agora, segundo a pneumologista, tem-se estudado em profundidade os efeitos da exposição ao tabaco e à poluição ambiental, mas existem outros fatores de risco ambiental menos conhecidos, mas que também podem contribuir para o aumento da doença.
“Não falamos só de poluição, mas também da manipulação de alimentos”, salientou a especialista.
Advertiu também para as substâncias químicas que estão presentes no dia a dia em produtos como os pesticidas, cosméticos, nos recipientes de plástico que acondicionam os alimentos e bebidas, que têm capacidade de afetar o sistema respiratório.
A pneumologista advertiu ainda para os riscos da exposição a estas substâncias “nos primeiros anos de vida, porque os pulmões estão a formar-se e é particularmente suscetível a exposições ambientais adversas”.
Compreender a origem da asma é um dos desafios que a comunidade científica deve enfrentar, porque só assim se poderão definir políticas de saúde para prevenir o desenvolvimento da doença, defendeu.