A célebre aniversariante desta sexta-feira, 21 de abril, terá uma festa mais discreta este ano, quando comparada com os festejos realizados em 2016, altura em que a monarca britânica completou o 90.º aniversário.
“Ainda estou viva”, brincou a rainha em junho do ano passado durante a visita oficial à Irlanda do Norte. No entanto, apesar de ainda se encontrar de boa saúde, Isabel II, a soberana que mais tempo reinou dentro da monarquia britânica (está há 65 anos no trono), tem vindo a transferir cada vez mais tarefas para outros membros da casa real britânica.
O príncipe Carlos, filho mais velho da monarca e herdeiro ao trono, tem exercido cada vez mais funções. Mas a realização de visitas oficiais e a presença em outros eventos públicos tem recaído mais sobre os netos de Isabel II, William e Harry.
Já os pequenos George e Charlotte, filhos de William e Kate e bisnetos da rainha, contribuíram bastante para a visão positiva que o povo britânico e outros cidadãos continuam a ter sobre a família real.
“Toda a minha vida, seja longa ou curta, será dedicada ao seu serviço [reinado]”, disse Isabel II no discurso do 21.º aniversário, anos antes de ter subido ao trono, em 1952.
Um dos períodos mais complicados do seu reinado ocorreu durante os anos 90, devido ao casamento de três dos quatro filhos da monarca ter chegado ao fim, e por o Castelo de Windsor ter ficado danificado após um incêndio. Os divórcios e o incêndio, ocorridos em 1992, fizeram mesmo com que Isabel II o considerasse um “annus horribilis” (ano horrível).
O ano de 1997 também não foi fácil para Isabel II, pois o povo britânico estava triste com a morte da princesa Diana, a 31 de agosto, e ficou furioso por a rainha ter permanecido de férias na propriedade que tem na Escócia em vez de regressar logo a Londres.
No entanto, os membros do Palácio de Buckingham foram mudando os seus comportamentos nos últimos anos, e uma das atitudes que mais contribuiu para a monarca manter o carinho da nação foi o afastamento de questões políticas. A rainha tem permanecido em silêncio sobre alguns assuntos, como o do Brexit, e já com 91 primaveras feitas, continua a mostrar vitalidade.