O independente liberal, fundador do partido En Marche! venceu a primeira volta das eleições realizadas em França, e irá disputar a presidência na segunda volta com a líder da extrema-direita Marine Le Pen, segundo os resultados divulgados este domingo, 23 de abril.
Emmanuel Macron tem muitas possibilidades de se vir a tornar o próximo presidente francês no dia 7 de maio.
Além do interesse pela vida profissional do político, também a história de amor do candidato tem cativado bastante a atenção do público e da imprensa. Ao contrário do que se passa com os outros candidatos, Emmanuel Macron expôs na campanha a vida privada ao aparecer frequentemente na companhia da mulher. A opção por esta exposição poderá ter decorrido do desmentido que fez acerca dos rumores lançados nas redes sociais de que seria homossexual.
O independente liberal, de 39 anos, é casado com uma mulher 24 anos mais velha, uma professora de Teatro e Literatura Francesa, mãe de um amigo de juventude.
Macron conheceu Brigitte Trogneux, na altura casada, quando tinha apenas 15 anos. Os dois ter-se-ão apaixonado quando o jovem que frequentava o 11º ano, convenceu a professora, que dirigia o clube de teatro da escola, a escreverem uma peça em conjunto. “Escrever em conjunto fez com que estivéssemos um com o outro todas as noites de sexta-feira e isso criou uma proximidade incrível”, afirmou Brigitte Trogneux, de 64 anos, numa entrevista à Paris Match citada pelo The New York Times.
Os pais de Macron fizeram com que ele fosse fazer o 12º ano para o Lycée Henri-IV, prestigiada escola em Paris, mas ele terá prometido que a relação não ia acabar. “Não vais livrar-te de mim. Eu vou voltar e vou casar contigo”, terá escrito.
Macron manteve o contacto com a amada, anulando as resistências de Brigitte, que na entrevista à Paris Match recordou que, na altura, pensou que se não formalizasse a relação com o jovem estaria a “deixar de aproveitar a vida”. Passado pouco tempo, divorciou-se e os dois casaram em 2007.
A relação foi alvo da visão machista da sociedade e ultrapassou vários obstáculos, entre eles o facto da professora ter de abandonar o primeiro marido, com quem teve três filhos, o que significou deixar para trás a vida familiar para entrar na vida de um adolescente.
De acordo com a imprensa local, foi Brigitte quem formou Macron enquanto homem e profissional, ao cultivar-lhe o amor pela arte, pelas letras e pela cultura em geral.
O casal tem também muitas diferenças no que respeita a gostos. Brigitte preferia ‘rock and roll’ e optava por ‘looks’ mais informais quando era mais nova, ao contrário de Emmanuel Macron, que se converteu num pianista profissional e sempre preferiu visuais mais tradicionais do que a mulher.
No entanto, os dois sempre se complementaram e continuam aparentemente felizes até hoje. O casal já é visto como uma possível nova esperança para o governo francês, que ainda tem François Hollande como presidente.