Roy Larner, de 47 anos, está a ser considerado um dos heróis dos ataques terroristas ocorridos na capital inglesa no passado sábado, 3 de junho. As atitudes que o fã da equipa de futebol londrina Millwall Football Club teve nesse dia salvaram algumas vidas.
Enquanto ainda se encontra a recuperar no hospital por ter sido vítima de três terroristas, Roy Larner contou como os enfrentou na noite do atentado. Larner correu até ao restaurante Black & Blue, e também a um bar no Borough Market, onde gritou “Isto é para Allah” e “Islão, Islão, Islão”, de forma a provocar os criminosos.
“F****-se vocês, eu sou Millwall”, terá também dito aos membros do Estado Islâmico que realizaram o atentado na London Bridge, antes destes o terem esfaqueado oito vezes, algumas delas na cabeça. A vítima estava desarmada quando os enfrentou, mas fê-lo para que as pessoas presentes no local pudessem escapar enquanto os terroristas estavam concentrados nele, um gesto considerado por muitos como corajoso e altruísta.
Roy Larner ainda tentou bater nos atacantes, mas não foi capaz de se defender e acabou por ficar com sérios ferimentos na cabeça, na parte de trás do pescoço e em outras zonas do corpo, como é possível ver-se nas imagens divulgadas nas redes sociais.
A vítima continua a recuperar no St Thomas ‘Hospital, onde está a ser submetido a uma terapia intensiva. “Estou um pouco melhor. Fiz uma cirurgia. Os médicos acham que devo permanecer aqui uma semana”, explicou. “Fiz o que tinha de fazer”, acrescentou, ao falar do momento em que enfrentou os terroristas, tendo ganho a alcunha de “Lion of London Bridge [Leão da London Bridge]”.
A mãe de Roy Larner mostrou-se bastante orgulhosa, apesar de não ter gostado que o filho se metesse na discussão por recear o pior. No entanto, o acontecimento não a surpreendeu.
“Não fiquei chocada, para ser sincera. Ele não se importaria com quem quer que o enfrentasse. Ele dará o melhor que conseguir”, afirmou Phyllis Larner, de 78 anos.
Entretanto, os amigos enviaram-lhe para o hospital um manual chamado “Aprende a Correr”, o que demonstra o “sentido de humor do sudeste de Londres”, segundo os próprios.
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