No início deste ano um comité de especialistas concluiu, depois de avaliar mais de 10 mil pesquisas em torno da marijuana e dos seus efeitos, que esta substância pode tratar de forma eficiente a dor crónica e a náusea, provocadas pela quimioterapia, e que também funciona no tratamento dos espasmos associados à esclerose múltipla. Ou seja, que a marijuana funciona como um medicamento.
Agora um estudo da Universidade de St. George, em Londres, confirma que os canabinóides, princípios ativos da canábis, são bastante eficientes em matar as células cancerígenas quando alinhados ao tratamento com quimioterapia.
Além disso, outros usos podem trazer benefícios analgésicos e naturais – tratando a dor sem qualquer efeito colateral – e ainda estimular o apetite nos pacientes, elementos fundamentais para um tratamento bem sucedido. Com o uso da canábis e seus derivados, a quimioterapia pode ser de menor duração e intensidade, e, com isso, diminuem também os diversos e intensos efeitos colaterais desses tratamentos.
O tratamento utilizado na pesquisa não é através do fumo, mas sim de extratos concentrados e puros que, segundo um dos pesquisadores responsáveis, podem sim mudar tudo que sabemos a respeito do tratamento de cancro.
“Os canabinóides são um prospecto muito excitante na oncologia e estudos como o nosso servem para estabelecer as melhores maneiras que podem ser usados para maximizar o efeito terapêutico”, explicou Wai Liu, da universidade.
Novas pesquisas estão a ser desenvolvidas, mas não é exagero afirmar, diante da quantidade de trabalhos científicos que revelam a planta como o caminho para verdadeiras revoluções medicinais, que o futuro de nossas saúdes pode passar pela marijuana. A atriz Olivia Newton-John que o diga.