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Sobrevivente que perdeu a família aconselha o que fazer em caso de incêndio

Mário Pinhal ficou sem a mulher e as filhas, de 15 e 12 anos, vítimas mortais do incêndio ocorrido em Pedrógão Grande este sábado, 17 de junho. Até ao momento, foram confirmados 63 mortos e 135 feridos.

“Tomámos uma decisão errada, que foi abandonar aqui uma casa que nos daria alguma segurança, e saímos com duas viaturas, uma com três pessoas e outra com quatro pessoas, para tentarmos fugir ao incêndio”, contou à SIC. Os familiares que iam com Mário no carro sobreviveram todos, ainda que com várias queimaduras.

“Eu perdi a minha família. Perdi a minha mulher, a minha filha tinha 15 anos, a minha filha de 12. Infelizmente não as consegui salvar, mas consegui salvar as quatro pessoas que iam comigo no carro”, disse, emocionado. Mas acrescentou que conseguiu sobreviver “a muito custo”, pois todas as pessoas que se encontravam com viaturas no mesmo local acabaram por falecer. “Nós fomos os únicos quatro sobreviventes”, acrescentou.

A testemunha da estação de Carnaxide aproveitou a oportunidade de aparecer na televisão para deixar uma mensagem às pessoas, a quem aconselhou que, se passassem pela mesma situação no futuro, não cometessem o erro de saírem das suas casas para tentarem fugir de carro.

“Se estiverem em habitações com garantias, que não tenham telhados de madeira e afins, aguardem dentro das suas habitações, porque é provavelmente a maneira mais fácil de sobreviverem a um incêndio deste tipo”, concluiu.

Fotos: Reprodução