Poucos dias depois do cirurgião português, de 87 anos, ter gerado uma enorme polémica por ter dito que Cristiano Ronaldo era “um estupor moral, que não pode ser exemplo para ninguém”, por recorrer a barrigas de aluguer, o profissional da saúde veio agora afirmar que mantém as declarações dadas ao ‘Expresso’.
No entanto, decidiu pedir desculpa a Dolores Aveiro por a ter acusado de ser uma má mãe. “Penso que uma das grandes culpadas disto é a mãe dele. Aquela senhora não lhe deu educação nenhuma”, afirmou na altura.
Através de uma nota enviada pelo próprio este domingo (16) ao semanário, António Gentil Martins referiu que nunca foi sua intenção ofender a mãe de Cristiano Ronaldo. No texto garantiu que mantinha as restantes afirmações, tendo explicado que preferia que a polémica nunca “tivesse acontecido”, mas sublinhou que se limitou a responder às perguntas dos jornalistas.
Nessa nota, afirmou que só definiu o internacional português como um “estupor moral” por este ter alegadamente feito recurso a barrigas de aluguer, uma atitude que o cirurgião condena pois priva as crianças de conviverem com a mãe biológica. “Isso nada tem a ver com os excepcionais méritos desportivos de Ronaldo, nem com a sua generosidade para com instituições sociais e crianças com dificuldades”, realçou.
Em relação à controvérsia que gerou por ter dito que ser homossexual é “uma anomalia, é um desvio de personalidade”, o médico reformado há 17 anos admitiu mais uma vez ser “totalmente contra” essa orientação sexual. “Ouçam, é uma coisa simples: o mundo tinha acabado. Para que o mundo exista tem de haver homens e mulheres”, salientou.
Houve quem tivesse querido apresentar queixa contra Gentil Martins, segundo revelou o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães. No entanto, este descreveu o cirurgião como “uma pessoa especial, bastonário virtuoso, grande lutador pela causa dos médicos”.
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