O México tremeu esta sexta-feira com um terramoto de magnitude 8,2 na escala de Richter, epicentro perto de Chiapas, uma região mais a sul do país e que faz fronteira com a Guatemala, mas que foi sentido na capital. Foi a 8 de setembro deste ano.
Dias depois estava marcado um simulacro na capital mexicana para a população saber como enfrentar um sismo de magnitude 8 na escala de Richter. É que foi a 19 de setembro de 1985 que se registou um terramoto com aquela magnitude que destruiu a cidade – com construções duvidosas que assentavam em grande parte nos terrenos mais instáveis que sobraram do antigo lago Texcoco – e matou milhares: foram recuperados cinco mil corpos.
No entanto, o abalo que sacudiu vários estados no Sul do México e foi sentido com violência no chão, nos monumentos e nas casas da capital foi o “mais intenso em quase um século”, disse o Presidente Enrique Peña Nieto.
Primeiras imagens do momento do tremor no #México. pic.twitter.com/q3p4xRvbMT
— RENOVA (@RenovaMidia) 8 de setembro de 2017
Se desta vez a Cidade do México não sofreu grandes danos, o mesmo não se pode dizer de algumas cidades mais pequenas de estados mais pobres, como Oaxaca, Chiapas e Tabasco, mais a Sul, junto à fronteira com a Guatemala.
Nas 12 horas após o terramoto, as equipas de salvamento encontraram os corpos de 58 pessoas – 45 em Oaxaca, dez em Chiapas e três em Tabasco. Neste último estado morreram duas crianças, uma na queda de um muro e outra depois de o ventilador a que estava ligada ter deixado de funcionar devido a um corte na eletricidade.
Os trabalhos de salvamento vão continuar nos próximos dias, e as autoridades já avisaram que poderá haver mais vítimas mortais, principalmente nas pequenas cidades com construções mais frágeis e muito mais próximas do epicentro do terramoto do que a Cidade do México. O terramoto foi também sentido na vizinha Guatemala, onde há notícia de pelo menos um morto.
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