Quase toda a gente concorda que fumar é prejudicial à saúde. Poucos imaginam, no entanto, que viver sozinho pode ser tão mortal como fumar 15 cigarros por dia. A solidão também foi considerada como um fator de maior risco para a saúde, ainda mais do que a obesidade.
As conclusões foram apresentadas pela professora de psicologia e neurociência Julianne Holt-Lunstad, da Brigham Young University, durante a uma convenção americana de psicologia, realizada em agosto deste ano.
Para chegar a essa conclusão, a investigadora analisou 148 estudos, envolvendo mais de 300 mil pessoas. Entre as descobertas da pesquisa, há uma que é surpreendente: os participantes com melhores laços sociais tinham o risco de morte prematura reduzido em até 50%.
Outro estudo reviu 70 pesquisas prévias envolvendo mais de 3 milhões de pessoas. Nesse caso, três características acenderam o sinal vermelho em termos de saúde: isolamento social, sentir-se sozinho e viver sozinho.
Cada um destes fatores apresentava isoladamente mais riscos de mortalidade do que a obesidade, mesmo para pessoas que têm muitos amigos, mas sentem-se sozinhas.
Ao Seeker, a investigadora lembrou que as descobertas deveriam servir para fundamentar políticas de estado, nas quais a socialização deveria ser vista como uma questão de saúde pública.