Quem o diz são os cientistas. De acordo com um estudo publicado no ‘Journal of Personality and Social Psychology’, o próprio ato de planear pode ajudar a conter a ansiedade dos objetivos a serem cumpridos.
Ainda, segundo informações da BBC, o hábito de fazer resoluções de ano novo, planeamento de tarefas e até mesmo listas de compras podem trazer benefícios.
Primeiro benefício: a memória. Nem sempre temos espaço suficiente no cérebro.
De acordo com o neurocientista Daniel Levitin, só conseguimos ter quatro pensamentos de forma simultânea. Dessa forma, quando fazemos listas, conseguimos gerir a nossa memória e o nosso tempo reservando ideias para mais tarde. Além disso, livramo-nos da preocupação de que estamos a esquecer algo.
Segundo benefício: melhor desempenho.
De acordo com estudos feitos pelo psicólogo Jordan Peterson, os estudantes têm um desempenho melhor quando refletem sobre os seus hábitos e estabelecem metas para o futuro.
Quando as pessoas traçam os seus objetivos, assim como metas pessoais de longo prazo, de maneira linear, desafiadora e realista, elas conseguem aumentar em 10% a produtividade.
Terceiro benefício: mais economia.
As listas de supermercado são conhecidas aliadas da economia na hora das compras. Ao determinar exatamente o que você precisa comprar naquele momento, você evita adquirir produtos por impulso ou coisas desnecessárias. No entanto, isso também exige uma dose de autocontrolo.
Quarto benefício: autoestima.
Fazer listas elevam a autoestima e a auto-confiança. Se não estiver satisfeito com alguma coisa na vida, uma boa forma de melhorar é listar aspetos positivos sobre o assunto, desde sucessos académicos até conquistas pessoais.
A Mind, organização não-governamental de combate a doenças mentais, do Reino Unido, recomenda, em momentos de baixo autoestima, fazer uma lista com 50 coisas que gostamos a respeito de nós mesmos — ainda que este exercício leve dias para ser finalizado.
Depois de feita, devemos ler um tópico a cada dia, compreender e valorizar determinada qualidade.
Quinto benefício: menos esquecimentos.
Fazer a “checklist”, aquela lista de tarefas que vamos reduzindo conforme realizamos, pode ter diversas funcionalidades, seja nas compras, na organização de um evento, na limpeza da casa ou nos preparativos de uma viagem.
Ao fazê-la, dificilmente esquecerá de comprar algum ingrediente da receita ou um documento importante.
Nos Estados Unidos, as “checklists” são bastante utilizadas em hospitais de forma a evitar acidentes em cirurgias, por exemplo.
Sexo benefício: menos procrastinação.
Algo pode estar a atrapalhar a sua produtividade sem você perceber. Isso chama-se ‘efeito Zeigarnik’: quando o nosso cérebro, programado para ter o menor esforço possível, nos recorda de tarefas menos importantes (e mais fáceis) que deixamos em aberto, levando-nos a adiar as outras e aumentar a sensação de incompletude que sentimos ao procrastinar.
Para evitar esse efeito, especialistas sugerem que façamos uma lista com todos os nossos objetivos não cumpridos, focando nas mais urgentes.