“A morte não é nada, o que importa é a injustiça”. Foi com esta frase do filósofo francês Albert Camus que Manuel Maria Carrilho começou um longo texto partilhado no Facebook, horas após a leitura da sentença que lhe ditou quatro anos e meio de prisão com pena suspensa num dos processos de violência doméstica que Bárbara Guimarães lhe moveu.
Depois, o antigo ministro da Cultura foi mais objetivo para se focar na condenação de que foi alvo. “Em Outubro de 2013 a minha então mulher, Bárbara dos Santos Guimarães, acusou-me falsamente de violência doméstica, estando ainda em curso o respectivo julgamento, que se iniciou em Fevereiro de 2015, a decorrer a sua fase final”, recordou.
E, “para compensar a ausência de provas desta gravíssima e falsa acusação, a minha ex-mulher e os seus cúmplices multiplicaram desde cedo os incidentes de toda a ordem, de modo a tentarem provar assim a minha alegada “perigosidade” e “agressividade. Com estes incidentes foi montado um processo que agora chegou ao fim, e que mais não é que uma colagem de ardis e de armadilhas, com testemunhas a mentirem, com vídeos manipulados a serem entregues (e aceites!!!…) em tribunal e um sem fim de maquinações”, acusou.
Sem meias palavras, sublinhou ainda que “tudo se intensificou quando, em Maio de 2014”, denunciou “não só as brutais agressões da mãe ao Dinis – por ele várias vezes confirmadas em Tribunal de Família e em Tribunal Criminal, em declarações certificadas como “autênticas e vivenciadas” pelo Instituto de Medicina Legal -, mas também o abandono em que ela deixou ambos os filhos na noite de 21 de Maio desse ano, abandono mais do que comprovado pela gravação do telefonema que eu próprio fiz para a Polícia (e que foi gravado pela própria Polícia) e pelas próprias imagens de video-vigilância do prédio”.
Manuel Maria Carrilho, foi mais adiante, argumentando que “em reação a esse comportamento da mãe, o Dinis acabou por fugir de casa da mãe” para sua casa, “onde vive por determinação do Tribunal de Família desde 7 de Março de 2016”.
No entanto, “incompreensivelmente, o Tribunal Criminal de Lisboa decidiu contudo credibilizar as mentiras da minha ex-mulher e dos seus cúmplices, e condenar-me a mim por sempre ter protegido os meus filhos: das agressões e do abandono da mãe, da chantagem e das brutalidades dos seus amigos, das ameaças pedopsiquiátricas, etc., etc. Mas eles, os meus filhos, não se esqueceram de nada daquilo por que passaram e que o tribunal decidiu ignorar”, sublinhou.
Após a sentença, “quero por isso deixar claro que continuarei a fazer tudo o que julgar dever fazer para proteger os meus filhos, de acordo com o que me ditar a minha consciência, porque A VERDADEIRA ABSOLVIÇÃO QUE PARA MIM CONTA É A DELES – DO DINIS E DA CARLOTA. E essa, eu tenho-a a 100%, porque eles viram tudo e sabem que estas acusações são todas mentira”.
“Quanto à justiça, ela seguirá o seu curso. Em primeiro lugar, com o julgamento da queixa de violência doméstica que a minha ex-mulher fez contra mim em Outubro de 2013 – já lá vão 4 anos! – , que continua em curso apesar de ela, a queixosa, tudo ter feito para o atrasar e adiar, tendo mesmo já interposto dois incidentes de ‘recusa de juiz’. Depois, interpondo o respectivo recurso relativamente a esta, repito, incompreensível decisão do Tribunal”, garantiu o ex-marido da apresentadora, “convicto que a justiça e a verdade acabarão por triunfar”.
Fotos: Arquivo Move Noticias