As lojas que vendem cosmética, maquilhagem e perfumes estão repletas de produtos de teste, ou seja produtos que estão à disposição dos clientes e que podem ser usados por qualquer pessoa.
Estes produtos ‘à mão de semear’ são práticos pelo simples facto de darem a oportunidade de algo ser testado bem antes de se investir dinheiro no produto em si, contudo os riscos são reais.
No seguimento do caso de uma mulher que alega ter contraído herpes depois de ter usado um batom numa loja nos Estados Unidos, o site ‘Today’ falou com uma médica sobre os reais perigos de usar este tipo de cosmética de teste. E a resposta não poderia ter sido mais clara: diz a dermatologista Debra Jaliman que “jamais” de deve usar este tipo de produtos.
“Pode contrair doenças infeciosas ao usar a maquilhagem de teste das lojas”, diz a médica, salientando que “jamais recomendaria” alguém fazê-lo, pois o uso desprotegido e por parte de várias pessoas pode contaminar os produtos com germes e bactérias, incluindo E. coli.
O risco é menor em perfumes, uma vez que estes não entram em contacto diretamente com a pele ou com outras partes do corpo, como os olhos ou lábios, mas mostra-se mais elevado em produtos que são usados ‘in loco’, como o batom, o rímel, a base, a sombra para os olhos, etc.
Infeções, herpes simplex, vírus da gripe e conjuntivite são algumas das doenças que o uso de ‘testers’ pode causar, contudo existe ainda o risco de agravar episódios de acne e de aumentar os pontos negros, especialmente quando em causa está o uso de pincéis ou outros utensílios de maquilhagem que tenham já sido usados por terceiros.
Mas não são apenas os produtos de cosmética e maquilhagem de teste que devem ser evitados, os produtos já usados por outras pessoas – mesmo que sejam amigas ou até mesmo familiares – nem sempre são uma boa opção.