O anúncio oficial só será feito pela RTP na segunda-feira, dia 8, mas a competição há muito que começou. Bastou Salvador Sobral vencer a Eurovisão, no passado mês de maio, para logo os fãs e os próprios apresentadores da casa pensarem nos anfitriões do festival de 2018.
Catarina Furtado, um dos maiores nomes da área em Portugal e ‘funcionária’ do canal público, foi logo apontada pelos portugueses (e estrangeiros) como a cara mais provável para conduzir o formato. A própria já disse, em entrevista à Move, que achava “incrível” se a RTP não a convidasse.
No entanto há algo que não está a seu favor. É que será ela a apresentadora do Festival da Canção, em março, e nunca nenhum apresentador da Eurovisão conduziu o certame nacional desse ano. Ou será uma compensação da estação pelo facto de afinal não ser ela a anfitriã em maio ou então o canal quer-nos habituar à ideia de ver Catarina no festival.
O que é certo é que não basta a RTP querer. O canal organizador do Festival da Eurovisão (ESC) sugere nomes. Cabe à EBU (real organizadora do certame) dizer “sim” ou “não”.
Quase certo é o nome de Filomena Cautela. Basta esperar por segunda-feira para perceber se a apresentadora de ‘5 Para a Meia-Noite’ será a responsável pelos diretos na ‘green room’ (como fez no ano passado no Festival da Canção) ou se fica mesmo a conduzir as semifinais e a final do ESC.
A própria também já deu a entender, pouco depois da primeira reunião do grupo responsável pela organização da Eurovisão de 2018, que estaria no certame em Lisboa.
E até a deveremos ver em dose dupla, já que anteontem, no ‘5 Para a Meia-Noite’, disse ao seu convidado musical Janeiro – compositor que irá concorrer no festival nacional – que se iriam ver no Festival da Canção.
Pedro Granger é outro dos nomes apontados. O ator, que já apresentou o Festival da Canção, é talvez o único nome desta lista de titãs que realmente percebe e gosta da Eurovisão.
Aliás, o seu melhor momento de 2017 foi precisamente a vitória de Portugal no ESC, como fez questão de escrever nas redes sociais.
“Sim. Este foi o momento mais feliz do meu ano. Ao fim de sete anos a ir à Eurovisão, maluco pela Eurovisão desde 1991, finalmente ganhamos. Obrigado Salvador. Hoje tenho uma passa livre para um desejo novo já que ?? ganhar a Eurovision is officially ✔️”.
Vontade de apresentar o festival não lhe deve faltar, mas realmente isto são 70 cães a um osso.
Normalmente a EBU opta pelo maior profissional da estação, ainda que convém ser novo (portanto deduzimos já que Eládio Clímaco e Júlio Isidro estejam fora do ‘baralho’), bonito e, claro, falar bem Inglês.
Por isso é que os fãs já têm uma lista de ‘desejos’ bem variada – e um pouco irreal, diríamos – e que inclui igualmente estes nomes: Sílvia Alberto; Joana Telles; Inês Lopes Gonçalves; Pedro Fernandes; Vasco Palmeirim; Lourenço Ortigão; Diogo Morgado; Daniela Ruah e até Cristiano Ronaldo.
Claramente que há ali nomes que não passa pela cabeça de ninguém. No entanto é preciso ver que se trata do espetáculo de entretenimento mais visto anualmente na televisão a nível europeu, além de ter transmissão em direto na Austrália, China e EUA.
Quando Salvador Sobral ganhou estava a ser visto por mais de 180 milhões de pessoas. Em Portugal eram mais de 1,4 milhões, sendo igualmente a melhor audiência da RTP de sempre.
Mais simples será a escolha dos comentadores da Eurovisão. A dupla José Carlos Malato e Nuno Galopim, iniciada em 2017, continuará este ano.