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Sucessão de funerais após massacre revolta americanos contra lei das armas

A semana passada ficou marcada por mais um massacre sangrento numa escola nos Estados Unidos. Quando o mundo celebrava o Dia dos Namorados, Nikolas Cruz entrou no liceu Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, e atirou a matar sobre alunos e professores, assassinando 17 pessoas.

O alegado homicida acabou por ser detido, mas nada paga as vidas que se perderam. Funeral atrás de funeral, jovens estudantes choram os colegas e docentes. “”Estas são crianças que nunca tiveram a morte a tocar as suas vidas”, comentou Ken Cutler, de 58 anos, um comissário cuja mulher é uma professora que sobreviveu ao tiroteio.

As cerimónias fúnebres decorrem desde sexta-feira e, este domingo, foi a vez de homenagearem o professor de Geografia Scott Beigel – que deu a vida para salvar alguns alunos -, e dois outros estudantes Jaime Guttenberg, uma apaixonada por dança e Alex Schachter, que tocava trombone na orquestra da escola, ambos com irmãos que conseguiram escapar.

Na cidade, todos se conhecem e todos estão de luto, reunindo-se em manifestações de pesar por todos os cantos. Muitos já saíram a público para pedirem uma mudança na lei de armas, para que não seja tão fácil comprar ou usar as mesmas.

Os sobreviventes, ainda marcados pela experiência traumática, anunciaram a “March for our lives”, uma grande manifestação marcada para dia 24 de março em Washington. “Nem mais um. Não podemos permitir que mais uma criança seja baleada na escola. Não podemos permitir que mais um professor faça uma escolha para saltar na frente de um fuzil para salvar a vida dos estudantes “, lê-se no site da organização.

Duras críticas também foram dirigidas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusado de confundir os norte-americanos sobre a questão do controlo de venda e posse de armas. “Você é o presidente. A sua função é manter o país unido e não dividir as pessoas”, atirou David Hogg, de 17 anos.

As vítimas do massacre na Florida

Recorde-se que Trump aproveitou a tragédia para, no Twitter, criticar os democratas e o FBI. O presidente afirmou que os primeiros nunca fizeram aprovar qualquer medida sobre o assunto, na altura em que controlavam o Congresso e o Senado, e acusou as autoridades de terem falhado por não terem considerado as denúncias que indicavam que o atirador era um indivíduo perigoso.