Acusado de três crimes de homicídio qualificado sob a forma consumada, três crimes de homicídio qualificado sob a forma tentada – que passaram de “simples” para “agravados” –, três crimes de sequestro e dois de roubo, Pedro Dias foi condenado esta quinta-feira a 25 anos de prisão.
A decisão foi anunciada, esta terça-feira, pelo juiz do Tribunal da Guarda, onde o julgamento começou em novembro de 2017. Pedro Dias, que não esteve presente, teve a acusação totalmente provada e ainda viu, através de videoconferência, agravados os crimes de homicídio qualificado.
“Piloto”, a alcunha pelo qual é conhecido o homicida de Aguiar da Beira que esteve 28 dias em fuga, apanha assim a sentença máxima por cúmulo jurídico, mas a sentença descriminou as penas relativas aos diferentes crimes de homicídio: Carlos Caetano, 21 anos de prisão, Luís Pinto, 22 anos de prisão, Liliana Pinto, 22 anos de prisão, e 12 anos de prisão pela tentativa homicídio do primeiro militar da GNR António Ferreira.
As indemnizações podem ascender aos 946 mil euros e o advogado dos pais de Liliane, uma das vítimas de Pedro Dias, quando se deslocava para uma consulta de fertilidade em Coimbra, diz que “fez-se justiça” por tudo o que aconteceu a 11 de outubro de 2016, embora assuma “alguma pena de que não tivesse ficado provada a intenção do arguido, o cenário de crime que procurou construir para desviar as atenções sobre si próprio”.