O Casino Estoril recebeu este domingo, dia 25, à noite a cerimónia de entrega dos troféus da Academia Portuguesa de Cinema.
O filme “São Jorge”, do realizador Marco Martins, arrecadou os principais prémios Sophia, numa noite em que a crise e os apoios ao cinema marcaram presença nos discursos e em que o preto dominou a ‘red carpet’.
A longa-metragem, que traça um retrato da crise económica que atingiu Portugal aos olhos de um pugilista desempregado, foi distinguida com os prémios de melhor filme, realização, ator principal e secundário, para Nuno Lopes e José Raposo – que se fez representar pela companheira Sara Barradas -, respetivamente, assim como argumento original, fotografia e direção artística.
“Espero que estes prémios ajudem a aproximar o público dos filmes portugueses”, disse Marco Martins.
“Continuamos a ser desrespeitados constantemente nos atrasos dos concursos e na forma pouco clara como são atribuídos”, acrescentou Nuno Lopes, referindo-se os concursos de apoio ao cinema e audiovisual de 2018 que ainda não abriram.
“Peregrinação”, de João Botelho, conquistou três Sophia, em categorias técnicas, enquanto “A Fábrica de nada”, de Pedro Pinho, recebeu os prémios de melhor montagem e argumento adaptado.
Na sexta edição dos prémios Sophia, “Nos Interstícios da Realidade ou o Cinema de António de Macedo”, de João Monteiro, foi eleito o melhor documentário em longa-metragem, e “O homem eterno”, de Luís Costa, a melhor curta-metragem documental.
O Sophia de melhor curta-metragem de ficção foi para “Coelho Mau”, de Carlos Conceição, e o de curta de animação distinguiu “A Gruta de Darwin”, de Joana Toste.
O Sophia de melhor série televisiva foi para “Madre Paula”, exibido na RTP.
A Academia Portuguesa de Cinema atribuiu ainda três prémios de carreira à caracterizadora Ana Lorena, ao realizador e ensaísta Lauro António e ao realizador Artur Correia, recentemente falecido.
Veja quem passou pela passadeira vermelha e quem foi premiado:
Fotos: César Lomba/MoveNoticias