Normalmente a meditação aparece como ‘cura’ de todos os males internos e externos do ser humano, mas agora, e neste caso em concreto, tem uma base científica.
Um novo estudo feito com 450 mulheres diz que aquelas que meditam têm uma qualidade de vida maior no campo sexual.
A pesquisa comparou três grupos de mulheres, que tinham entre 19 e 70 anos. Um grupo era de raparigas sem experiência nenhuma em meditação, outro de mulheres com uma experiência curta com a prática e, o último, de voluntárias que meditam há anos.
Pela internet, elas responderam sobre vários detalhes das suas vidas sexuais: com que frequência sentiam desejo, o quão satisfeitas estavam com as suas relações, se tinham orgasmos e lubrificação natural durante os encontros.
Os testes também mediram um sentido chamado “interocepção” – que é a nossa capacidade de perceber o que acontece dentro do nosso próprio corpo.
Interocepção é o que nos permite sentir que a bexiga está cheia, ou que está na hora de comer, que estamos febris ou se há algo de errado com a nossa pressão. E esse mesmo sentido parece estar relacionado com o prazer e a capacidade de chegar ao orgasmo.
Basicamente, o estudo mostrou uma forte correlação entre as pessoas que meditavam e a qualidade da sua vida sexual, incluindo os níveis de interocepção.
O que surpreendeu os pesquisadores, porém, é que não fazia diferença se a pessoa praticava a meditação há meses ou há anos – as novatas tinham tanta vantagem sexual quanto as meditadoras mais experientes.
Essa relação fica bastante óbvia quando olhamos para a outra descoberta do estudo: a saúde mental, em geral, é intimamente correlacionada com o desejo sexual. Se algo não está bem na cabeça, é difícil manter uma vida sexual funcional. E os benefícios da meditação para a saúde mental são bem documentados.
Obviamente o bem-estar e o sexo caminham juntos – e a meditação é só um dos caminhos para alcançar o primeiro. Mesmo assim, parece ajudar a curto prazo, não só a promover o prazer mas a conexão com o próprio corpo.
Por fim, vale a pena lembrar que o que foi descoberta é uma correlação, não uma causa: é possível que a meditação melhore a vida sexual. Mas também é possível que pessoas que já se sintam bem mental e sexualmente pratiquem mais a meditação que a média.
No mínimo, vale a pena tentar: meditar tem, no mínimo, outros seis benefícios e pode fazê-lo onde quer que esteja.