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Avicii deixa fortuna milionária no ‘vazio’

A rápida ascensão do DJ sueco à fama coincidiu com uma explosão de interesse pela música eletrónica, impulsionada por performances ao vivo.

Tendo em conta que a maioria dos artistas sobrevive, não graças às vendas de álbuns, mas sim pelas receitas dos espetáculos, Avicii conseguiu fazer fortuna sem problema e em pouco tempo.

Como tinha apenas 28 anos, o músico, que morreu no dia 21 num hotel de Muscat, em Omã, não só deixou o mundo em choque como não devia estar a contar com a possibilidade de ter de fazer um testamento.

Solteiro e sem filhos, desconhece-se quem vai herdar a sua fortuna, ainda que seja muito provável que a mesma fique para os pais e os irmãos.

Para já deixado no ‘vazio’, o dinheiro daria para enriquecer qualquer herdeiro. E, segundo a Forbes, estamos a falar de alguém que foi considerado o terceiro DJ mais bem pago do mundo (atrás de Calvin Harris e David Guetta).

O seu primeiro grande sucesso foi em 2011 com ‘Levels’, tinha o sueco apenas 21 anos. Em 2013 seguiu-se ‘Wake Me Up!’, um dos vídeos com mais visualizações no Youtube e a música mais transmitida na história do Spotify.

O ano de 2014 foi crucial para o DJ. Nessa altura as receitas da indústria da dance music – incluindo vendas de música, shows ao vivo e produtos relacionados – cresceram quase 40%, de acordo com a International Music Summit.

O crescimento diminuiu desde então, mas a indústria de EDM (Electronic Dance Music) tem um valor de cerca de 7,4 biliões de dólares na última contagem.

No auge da popularidade, precisamente em 2014, Avicii faturou 28 milhões de dólares, segundo a Forbes. Ele e outros DJs de música eletrónica obtiveram somas até seis dígitos só para se apresentarem nos mais famosos cenários e festivais do momento.

Só entre 2012 e 2016, o artista, natural de Estocolmo, arrecadou quase 90 milhões de dólares graças à sua música.

O seu desaparecimento dos cartazes dos festivais – pois aposentou-se em 2016, quando tinha 26 anos, por indicação médica devido aos excessos no consumo de álcool e drogas – levou-o a abandonar a lista mais recente de DJs de primeira linha.

Nada que o deixasse em ruína. Em 2016, o site ‘Celebritynetworth’ avaliou a sua fortuna em 70 milhões de euros e a ‘Forbes’ colocou-o na lista dos artistas mais ricos do mundo com menos de 30 anos.

Em entrevista à ‘Billboard’ logo após ter anunciado o fim dos seus dias de tournée, Avicii disse: “Quando eu olho para trás na minha vida, penso: ‘O que fiz?’ Agora digo: ‘Foi o melhor momento da minha vida em certo sentido’. Mas isso teve um preço que se transformou em muita ansiedade e muito stress, porém foi a melhor viagem da minha vida.”

As causas da morte não foram divulgadas publicamente, a pedido da família, mas todos sabemos os problemas de saúde que tinha, fruto dos tais excessos.

Quanto à sua fortuna, é bem capaz de continuar a aumentar, mesmo depois de morto. Sete músicas suas aparecem no Top 50 Global do Spotify, segunda-feira, dia 23. No Top 50 da Suécia, seu país natal, oito músicas estão entre os top 10.

Fotos: Instagram